Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 34-35
#086 Avaliação de novos compostos para desinfeção intracanal em Endodontia
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 63
Supplement - S1
Pages - 34-35
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Article History
Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022
Keywords
Resumo
Objetivos: Determinar se extratos de fungos marinhos (Penicillium lusitanum e de Aspergillus affinis) são eficazes na eliminação de Enterococcus faecalis e de Candida albicans. Materiais e métodos: Foram preparadas 3 concentrações – 500mg/mL, 250 mg/mL e 50 mg/mL – dos extratos dos fungos marinhos em avaliação e comparadas com irrigantes convencionais. O efeito antimicrobiano dos extratos foi avaliado sobre o crescimento de E. faecalis (ATCC 13124), C. albicans (ATCC 1023) e sobre isolados clínicos de C. albicans, C. glabrata, C. parapsilosis e C. tropicalis, pelo método de difusão em disco. 34 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1):1-52 Os ensaios de citotoxicidade in vitro foram realizados de acordo com a ISO 10993- 5, em células VERO (ECACC 88020401, African Green Monkey Kidney cells, GMK clone). Resultados: Os extratos dos fungos de P. lusitanum e A. affinis têm efeito inibidor do crescimento de de C. albicans e E. faecalis, respetivamente. Os extratos de P. lusitanum são eficazes na inibição de todos os isolados de Candida spp. testados. O extrato de P. lusitanum (50mg/mL) não apresentou citotoxicidade associada no modelo usado. Os extratos de A. affinis mostraram atividade antimicrobiana exclusivamente contra E. faecalis nas concentrações mais elevadas testadas, sendo que mostraram também uma citotoxicidade elevada (em todas as concentrações testadas). Conclusões: Penicillium lusitanum apresenta grande potencial antifúngico contra isolados clínicos de Candida spp., mesmo quando comparado com os irrigantes utilizados em medicina dentária, como clorexidina a 2% e NaOCl a 2,5%. As concentrações eficazes e a citotoxicidade associada ao extrato de P. lusitamium estão agora bem definidos, o que torna promissora a formulação de um novo irrigante endodôntico à base de fungos marinhos. Agradecimentos: Os autores agradecem ao Prof. Doutor Artur Alves, do Departamento de Biologia e CESAM, da Universidade de Aveiro pela disponibilização dos extratos de fungos marinhos. Financiamento: Este trabalho foi financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., através de financiamento ao CIIS (UIDP/04279/2020 e UIDB/04279/2020), e ao CESAM (UIDP/50017/2020 UIDB/50017/2020 LA/P/0094/2020 Agradecimentos também à FCT e UCP pelo CEEC institucional a Ana Sofia Duarte (CEEC?INST/ 00137/2018/CP1520/CT0013)