Search options

Search
Search by author
Between Dates
to
Volume and Number
&
Spemd Logo

Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 22


#049 Trauma em dentição decídua: implicações e resolução clínica em fase permanente pós 8 anos





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 22
Go to Volume


Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Introdução: A valorização de episódios de trauma na região orofacial em crianças, particularmente em dentição decídua, assume? se de crucial importância, não apenas pelo eventual dano e comprometimento imediatos, mas pelo risco, não desprezível, de hipotéticas complicações infligidas ao(s) sucessor(es) permanente(s). Descrição do caso clínico: Ilustra? se um episódio de intrusão dos dentes 51, 52 e 61 (total nos 51 e 61) e subluxação ligeira do 62 numa menina de 30 meses de idade. Foi efetuado registo radiográfico e fotográfico, prescrito analgésico, indicados cuidados complementares a adotar no pós? trauma imediato, nomeadamente alimentares e higiénicos, incluindo cessação de hábito de chupeta, e explicadas as possíveis complicações. Conforme preconizado, a criança foi sendo longitudinalmente monitorizada constatando? se, conforme descrito, a re? erupção progressiva dos dentes decíduos severamente intruídos ao fim de alguns meses, sem qualquer outra manifestação relevante. Cerca dos 8 anos de idade, após esfoliação dos dentes 51 e 61, com a erupção dos sucessores permanentes 11 e 21 verificou? se que estes apresentavam uma alteração estrutural coronária parcial, sob forma de mancha com alteração de cor e textura, mais extensa e acentuada no dente 11, motivo de constrangimento estético e condicionante da autoestima. Aguardou? se até aos 10 anos de idade pela erupção ativa mais completa dos incisivos superiores. Procedeu? se então a uma abordagem seletiva das manchas, cuja profundidade implicou restaurações adesivas com resina composta por técnica direta (Ecosite®, DMG, Alemanha). O resultado final respondeu integralmente aos anseios da menina, que se encontra atualmente a iniciar tratamento ortodôntico. Dicussão e conclusões: As complicações em dentição permanente deste tipo de traumatismo precoce podem incluir distúrbios de forma, estrutura e/ou posição, na formação radicular e até formações tipo odontoma. A terapêutica preconizada deve ser conservadora, progressiva, de acompanhamento prolongado, respeitando os condicionalismos comportamentais da criança e as imposições legais vigentes. Neste caso concreto, o seguimento regular e os procedimentos restauradores adotados permitiram controlar e resolver de forma efetiva as patologias estruturais e os anseios emocionais decorrentes do trauma.


Supplementary Content


  Download PDF