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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 19-20


#044 Resseção de lesão mandibular extensa – E depois? Reabilitação com implante maxilofacial





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 19-20
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Introdução: O tratamento cirúrgico de lesões quer malignas, quer benignas localmente agressivas, extensas, da cabeça e pescoço culmina, frequentemente, em cirurgias altamente mutilantes e, por isso, com importante impacto funcional, estético e social. Os avanços da reabilitação têm permitido ultrapassar os principais desafios inerentes à complexidade destes casos, como acontece com os implantes craniomaxilofaciais individualizados. Descrição do caso clínico: Género masculino, rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1) :1-52 19 34 anos, raça caucasiana, antecedentes patológicos irrelevantes. História de lesão gengival na região do terceiro quadrante, há dois anos, que terá regredido espontaneamente. No entanto, refere reaparecimento de lesão, indolor, no mesmo local, um ano após. Sem história de odontalgia ou traumatismo da face. À observação objetivava- se tumefação lateromandibular esquerda com cerca de 5 cm de maior diâmetro. O exame objetivo intraoral identificou uma tumefação no terceiro quadrante, dura e irregular, contígua com a cortical óssea que causava abaulamento vestibular. A tomografia computorizada (TC) cervicofacial revelou a existência de uma volumosa lesão quística mandibular, multiloculada, com contornos lobulados, expansiva, e que condicionava erosão das corticais ósseas lingual e vestibular. O doente foi submetido a biópsia incisional e a colocação intralesional de dreno. O estudo histológico revelou tratar-se de um ameloblastoma. O doente foi, posteriormente, encaminhado para o Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar Universitário de São João, onde foi submetido a mandibulectomia segmentar para exérese da lesão, com recurso a guias cirúrgicas, e reconstrução imediata com um implante craniomaxilofacial individualizado. Não se registaram complicações decorrentes da cirurgia, realçando- se o resultado funcional que foi praticamente imediato e muito satisfatório. Terminada a cicatrização da ferida cirúrgica, iniciou- se o processo de reabilitação oral com prótese fixa. Discussão e conclusões: Os mais recentes avanços tecnológicos permitem a realização de planeamentos cirúrgicos em TC tridimensional, impressão de modelos por impressoras 3D e a confeção de implantes de titânio craniomaxilofaciais individualizados. A utilização destes implantes permite a resseção cirúrgica de lesões de grandes dimensões da cavidade oral, como neste caso, e a sua reconstrução imediata, devolvendo ao doente as suas capacidades funcionais e características estéticas prévias.


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