Search options

Search
Search by author
Between Dates
to
Volume and Number
&
Spemd Logo

Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 8-9


#019 Osteonecrose dos maxilares: cirurgia guiada por fluorescência com reconstrução customizada





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 8-9
Go to Volume


Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Introdução: A osteonecrose dos maxilares relacionada com medicamentos é uma reação adversa dos fármacos anti- 8 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1):1-52 reabsortivos, incluindo bifosfonatos e denosumab e os fármacos antiangiongénicos. A definição de caso segundo o position paper de 2022 da American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons inclui doentes com toma isolada de antireabsortivos ou combinada com imunomoduladores ou antiangiogénicos; exposição óssea ou osso sondável por trajeto fistuloso via intra ou extra oral e que persista mais de 8 semanas; ausência de radioterapia ou doença metastática dos maxilares. Resseções segmentares ou marginais de osso são uma estratégia terapêutica em qualquer estadio da doença, para atingir margens livres de osso necrótico. A cirurgia guiada por fluorescência (Velscope®) baseia- se na emissão de autofluorescência pelos tecidos vivos melhorando a definição das margens livres de osso necrótico pelo contraste com tecido necrosado (hipofluorescente). Descrição do caso clínico: Mulher de 70 anos, que em setembro de 2021 recorreu ao Serviço de Urgência de Estomatologia do Hospital de Santa Maria, por tumefação submandibular esquerda, dolorosa, com 10 meses de evolução. História de terapêutica de ácido zolendrónico desde 2017, com última toma em outubro de 2020 e de extração dentária no 3.º quadrante em dezembro de 2020. Objetivou?se a tumefação e drenagem purulenta intraoral no 3.º quadrante edêntulo. A ortopantomografia e a TC- maxilofacial mostraram fratura patológica do corpo mandibular com pseudoartrose e calo ósseo a envolver um sequestro ósseo irregular e fistula para o pavimento e vestíbulo. Medicou- se com antibioterapia e analgesia. Efetuou-se planeamento digital para cirurgia ressetiva mandibular e reconstrução com placa customizada. Sob anestesia geral foi efetuada mandibulectomia segmentar esquerda guiada por Velscope® e osteossíntese com placa de reconstrução customizada. A intervenção decorreu sem intercorrências em março de 2022. Aos 5 meses pós cirurgia encontra-se em cura clínica e radiológica, com boa adaptação da placa e sem lesões residuais. Mantém seguimento na consulta. Discussão e conclusões: Este caso clínico ilustra a importância do diagnóstico, plano de tratamento e recurso intraoperatório a cirurgia guiada por fluorescência e osteossíntese com placa de reconstrução customizada. A elevada morbilidade desta patologia exige uma intervenção precoce, idealmente preventiva, e a otimização das técnicas cirúrgicas de excisão de osso necrótico.


Supplementary Content


  Download PDF