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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 2


#004 Displasia cemento-óssea florida: Caso clínico





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 2
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Introdução: As displasias cemento- ósseas são classificadas conforme o grau de compromisso do osso afetado, apresentando- se em três tipos: focal, periapical e florida, sendo esta última a forma mais extensa e exuberante. A displasia cemento- óssea florida (DCOF) é uma patologia benigna, limitada aos ossos maxilares, caracterizada pela presença de massas difusas e dispersas, constituídas de tecido semelhante a cemento denso e osso. Os achados radiográficos traduzem- se em zonas lobulares, irregulares, radiopacas e circundadas por áreas radiotransparentes, de predomínio bilateral e simétrico, afetando mais a mandíbula do que a maxila. Epidemiologicamente, esta entidade tem maior prevalência em mulheres, de raça negra e de meia- idade. Clinicamente, é habitualmente assintomática, exceto quando ocorre infeção óssea, normalmente após a exposição das massas escleróticas calcificadas à cavidade oral (por exemplo, após extração dentária ou biópsia). Descrição do caso clínico: Mulher de 49 anos, raça negra, referenciada pelo médico dentista assistente ao Serviço de Estomatologia do CHUC por alterações radiográficas. A doente era assintomática e ao exame objetivo, confirmou- se a vitalidade de todos os dentes presentes e identificou? se a presença de alguns tórus mandibulares. Na ortopantomografia e depois confirmado por CBCT, verificou- se a presença de múltiplas áreas radiopacas de aspecto misto na maxila e maioritariamente na mandíbula. Os dados epidemiológicos, clínicos e as características radiográficas são sugestivos do diagnóstico de DCOF. Assim, foi recomendada a manutenção de uma boa higiene oral, para prevenir a perda precoce de dentes. Atualmente é seguida num follow-up anual, clínico e radiográfico, com o objetivo de assegurar que não haja expansão das lesões, nem vias de infeção óssea. Discussão e conclusões: A DCOF é uma doença rara, de causa desconhecida. Os distintos achados clínicos e radiográficos favorecem um diagnóstico presuntivo, e frequentemente não necessitam de biópsia para o seu diagnóstico. Se a patologia for assintomática, o seu tratamento apoia-se no seguimento clínico e radiográfico. Porém, quando associada a quadros infeciosos, poderá ser necessária antibioterapia e desbridamento cirúrgico. Este caso clínico salienta a importância da interpretação dos exames complementares de imagem no auxílio do diagnóstico das lesões fibro- ósseas que atingem os ossos gnáticos e que podem não apresentar sintomatologia.


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