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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 40


Investigação Original

#098 Conhecimentos dos professores das escolas de Viseu relativamente à saúde oral infantil


a Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Viseu, Portugal

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Volume - 62
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 40
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Objetivos: As doenças orais, tão frequentes nas crianças em idade escolar, são na sua maioria suscetíveis de prevenção. Uma vez que as crianças passam grande parte do seu tempo nas escolas, este é o local ideal para o desenvolvimento e implementação de programas educativo?preventivos. Os professores, pela sua relação de proximidade com os alunos, assumem um papel essencial na promoção e educação para a saúde oral, podendo contribuir para a adoção de comportamentos saudáveis que se perpetuarão para o resto da vida. No entanto, para que se tornem agentes promotores de saúde eficazes, é necessário que possuam conhecimentos na área. O objetivo deste estudo foi, por isso, caracterizar os conhecimentos dos docentes no âmbito da saúde oral. Materiais e métodos: Estudo descritivo, observacional, transversal realizado com 475 docentes dos Agrupamentos de Escolas e Colégios privados de Viseu. Os dados foram recolhidos através de um questionário online que permitiu caracterizar os conhecimentos relativamente à saúde oral. Resultados: A amostra revela que apenas 6,7% dos professores realizou formação em saúde oral. 89,7% reconhece ser importante estar envolvido na saúde oral das crianças. Os educadores de infância e professores do 1.º ciclo são os mais vigilantes em relação à higiene oral dos seus alunos, revelando maior conhecimento na área (p<0.001). 75,9% dos professores não inclui a higiene oral na rotina diária escolar apresentando a falta de condições e de recursos humanos como principais motivos. Os docentes que lecionam em escolas em meio rural têm maior perceção conhecimento e melhores práticas relativamente à higiene oral (p<0.05). Os professores que mostram maior consciencialização relativamente ao número de escovagens de dentes diária e à importância da higienização antes de deitar são os que possuem formação em higiene oral (p<0.05). A maioria dos docentes não possui conhecimento relativamente à quantidade adequada de flúor, idade com que se deve começar a utilizar o fio dentário, momento adequado para a primeira visita ao médico dentista e frequência de consultas. Conclusões: Existe um défice de conhecimentos por parte dos professores relativamente à saúde oral das crianças. Para que exerçam adequadamente o seu papel como agentes promotores de saúde oral, é crucial aumentar a sua literacia na área, através da realização de ações de formação contínua.


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