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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 39-40


Investigação Original

#096 Desenvolvimento do terceiro molar baseado na idade em crianças portuguesas de 6-14 Anos


a Instituto Universitário Egas Moniz, Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina Dentária

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Volume - 62
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 39-40
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Objetivos: O desenvolvimento do terceiro molar é um processo variável segundo a população que é crucial no diagnóstico da agenesia do terceiro molar e na estimativa da idade. No entanto, o padrão de maturação dos terceiros molares na população portuguesa é insuficientemente conhecido.
Este estudo transversal teve como objetivo avaliar os estadios de desenvolvimento do terceiro molar em crianças portuguesas em várias faixas etárias, comparar o seu desenvolvimento em rapazes e raparigas, entre o maxilar e a mandíbula, nos lados direito e esquerdo, e relacionar o estadio de desenvolvimento com a idade cronológica. Materiais e métodos: A amostra foi constituída por 387 ortopantomografias de portugueses com idade cronológica (intervalo, 6? 15 anos; idade média, 10,5 ± 2,5 anos) e sexo (187 rapazes e 200 raparigas) conhecidos. A análise do desenvolvimento do terceiro molar foi realizada por dois examinadores calibrados utilizando os 11 estadios (0? 10) do sistema de classificação de Nolla. A distribuição da frequência dos diferentes estadios de desenvolvimento foi determinada em várias faixas etárias e comparada de acordo com o sexo, a localização (maxilar ou mandíbula) e o lado com o teste U de Mann?Whitney e o teste de Wilcoxon. A análise de regressão linear foi realizada para correlacionar o desenvolvimento do terceiro molar e a idade cronológica. Resultados: Os estadios de desenvolvimento dos terceiros molares revelaram? se mais avançados no maxilar em relação à mandíbula a partir dos 9 anos de idade (p <0,05). Não houve diferenças significativas entre rapazes e raparigas (p> 0,05) ou entre os lados direito e esquerdo (p> 0,05). A presença de criptas foi observada entre os 7,3 e os 13,9 anos no maxilar e entre 6,7 e os 13,3 anos na mandíbula. A idade cronológica apresentou forte correlação com o desenvolvimento do terceiro molar (rapazes, maxilar r = 0,775, mandíbula r = 0,788; raparigas, maxilar r = 0,749, mandíbula r = 0,781). Conclusões: Na população portuguesa, a presença da cripta do terceiro molar é visível a partir dos 7 anos, tanto na mandíbula como no maxilar. A agenesia do terceiro molar pode ser confirmada se a cripta não estiver presente após os 14 anos de idade. A idade cronológica está fortemente correlacionada com o estadio de desenvolvimento do terceiro molar.


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