Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 34
Investigação Original
#081 Sustentabilidade em Medicina Dentária – Reutilização das mangas de esterilização
a Universidade do Minho, Universidade do Porto
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 62
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 34
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Article History
Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022
Keywords
Resumo
Objetivos: Este estudo pretende testar a segurança e eficácia da reutilização de mangas de esterilização, sem comprometer o seu ambiente asséptico. Materiais e métodos: 36 amostras de mangas de esterilização de papel/plástico foram testadas neste trabalho sendo divididas em 3 grupos (grupo experimental – mangas reutilizadas; grupo de controlo negativo – mangas novas; e um grupo de controlo positivo – amostras expostas a contaminação ambiental). O grupo experimental consiste em mangas que foram abertas e em que foi introduzida uma gaze, sendo novamente fechadas e esterilizadas, representando assim a reutilização das mangas. Todas as amostras foram armazenadas no mesmo local, em ambiente aberto, durante 1 dia (T0), 7 dias (T1), 31 dias (T2) e 153 dias (T3). Após cada período de armazenamento, as mangas foram abertas e as gazes retiradas assepticamente e incubadas em meio Agar Nutriente a 37°C durante 3 dias. Após o período de incubação, as placas foram inspecionadas e a contaminação microbiana classificada como presente ou ausente. Este ensaio foi feito em triplicado e em três momentos distintos, somando um total de 108 amostras analisadas. Resultados: A observação das placas de petri do grupo experimental e do grupo de controlo negativo mostrou ausência de contaminação. O grupo de controlos positivos apresentaram uma extensa contaminação. Conclusões: Este estudo mostra que as mangas de esterilização podem ser utilizadas uma segunda vez, mantendo as suas condições de esterilidade e integridade mesmo em longos períodos de tempo (até 153 dias – 5 meses de armazenamento) mesmo quando armazenadas em ambiente aberto.