Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 27
Investigação Original
#063 Prevalência da periodontite apical em diabéticos numa amostra da população portuguesa
a Instituto de Biofísica da Faculdade de Medicina, Instituto de Endodontia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Instituto de Clínica Integrada da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 62
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 27
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Article History
Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022
Keywords
Resumo
Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da diabetes mellitus na prevalência de periodontite apical e de tratamentos endodônticos numa amostra da população portuguesa. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo clínico transversal, tendo sido analisados CBCT de 40 indivíduos. No grupo teste incluíram? se 20 doentes diabéticos (15 com diabetes mellitus tipo 1; 5 com diabetes mellitus tipo 2) e, no grupo controlo, 20 indivíduos não diabéticos, selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Foram recolhidos dados relativos ao número de dentes ausentes, número de dentes com tratamentos endodônticos e número e localização de lesões de periodontite apical. Para a análise estatística foi considerado um nível de significância de 5%. Resultados: O grupo de doentes com diabetes mellitus tipo 1 apresentaram um maior número total de lesões periapicais em relação ao grupo controlo (p=0,048). Da mesma forma, os doentes com diabetes mellitus tipo 2, para além de apresentarem maior número total de lesões periapicais que o grupo controlo (p=0,003), apresentaram também um maior número de dentes com periodontite apical e com tratamento endodôntico (p=0,004), e maior número de dentes sem terapêutica endodôntica e com periodontite apical, relativamente ao grupo controlo (p=0,001). Foi também identificado um maior número de dentes sem tratamento endodôntico, mas com periodontite apical no grupo de doentes com diabetes mellitus tipo 2, em relação aos com diabetes mellitus do grupo 1 (p=0,043). Conclusões: Este estudo associou uma maior prevalência de periodontite apical e de dentes com tratamento endodôntico a um grupo de doentes com diabetes mellitus, quando comparado com um grupo de indivíduos não diabéticos.