Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 19
Casos Clínicos
#044 Ácido hialurónico e disfunção temporomandibular: Caso clínico de protocolo terapêutico
a Hospital CUF Tejo, Universidad de Granada, Instituto Superior Egas Moniz
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 62
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 19
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Article History
Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022
Keywords
Resumo
Introdução: O recurso a abordagens terapêuticas minimamente invasivas como a aplicação de ácido hialuronico em situações de disfunção da articulação temporomandibular (ATM) tem obtido resultados positivos quando complementada com uma abordagem conservadora, como a terapia cognitivo?comportamental e fisioterapia. Descrição do caso clínico: Paciente de 25 anos, género feminino, com limitação de abertura mandibular há cerca de 6 meses, artralgiador na ATM esquerda associada a dor muscular no masséter e temporal bilateralmente e cefaleias generalizadas desde há 2 anos. Apresentava crepitação na ATM esquerda e estalido em abertura e encerramento na ATM direita. O diagnóstico de disfunção temporomandibular foi realizado através do sistema de classificação Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD). O plano de tratamento consistiu em terapia cognitivo?comportamental, e um protocolo que incluiu duas infitrações de ácido hialurónico de alto peso molecular na ATM direita e esquerda com intervalo de um mês, seguido de fisioterapia. Foi instituído um plano de exercícios terapêuticos no primeiro momento de avaliação e logo após a infiltração e subsequente fisioterapia. Foram realizados três momentos de avaliação [avaliação inicial (M0), um mês (M1) e seis meses após (M2) o primeiro momento] para as variáveis: abertura mandibular máxima (AM), dor à palpação do músculo masséter (M) e temporal (T) através da escala numérica da dor. Discussões e conclusões: Os resultados foram os seguintes: AM em M0 – 22mm; AM em M1 – 35mm; AM em M2 – 42mm, e M em M0 – 8; T em M0 – 5; M em M1 – 3; T em M1 – 1; M em M2 – 0; T em M2 – 0. A aplicação do protocolo terapêutico conduziu ao aumento da abertura máxima, à diminuição da dor no masséter em mais de dois pontos, o que é considerado uma diferença mínima clinicamente importante, e à eliminação da dor no temporal. O resultado obtido é indicador de que o protocolo terapêutico delineado é promissor para o tratamento dos pacientes com DTM.