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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 14-15


Casos Clínicos

#033 Displasia cimento-óssea florida – Relato de caso clínico


a Serviço de Estomatologia do Hospital São José?Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

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Volume - 62
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 14-15
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Introdução: A displasia cimento- óssea é a lesão fibro-óssea maxilar mais frequente e representa um processo reativo benigno dos maxilares e do cimento. Origina? se por alterações da remodelação óssea após trauma local ou a partir do ligamento periodontal. É mais frequente em adultos asiáticos ou melanodérmicos e afeta principalmente a mandíbula. É geralmente assintomática e um achado imagiológico que varia de acordo com o estadio de evolução. Consoante o padrão radiográfico divide? se em periapical, focal e florida, esta mais rara, com atingimento multifocal frequentemente bilateral e por vezes com expansão e exposição óssea, não obstante de dentes vitais. Apresentamos um caso de displasia cimento? óssea florida com envolvimento bimaxilar. Descrição do caso clínico: Mulher melanodérmica de 47 anos, referenciada ao Serviço de Estomatologia do Hospital São José por lesões ósseas maxilares detetadas em ortopantomografia. Refere parestesias do 3.ºquadrante e sensibilidade dentária para frios. À observação regista? se abaulamento da cortical vestibular do bloco incisivo? canino inferior, mobilidade grau 1 de 31 e vitalidade em todos os dentes. A ortopantomografia revela lesões de opacidades mistas no 2.º, 3.º e 4.º quadrantes que se confirmam por tomografia computorizada. Tinha já realizado duas biópsias ósseas, uma com sugestão de quisto ósseo traumático e outra com achados inespecíficos, ambas sem evidência de displasia ou neoplasia. Pelas suspeitas clínicas serem dissonantes com o resultado histológico, realizou? se nova biópsia cujo resultado revelou ´displasia cimento? óssea´. Os achados clínicos, imagiológicos e histopatológicos suportam o diagnóstico final de displasia cimento? óssea florida. A doente mantém seguimento clínico e imagiológico da evolução da doença e sob vigilância periódica da saúde dentária e periondontal. Discussão e conclusões: Apesar da displasia cimento? óssea ser a lesão fibro?óssea maxilar mais frequente, a variante florida é rara. O envolvimento de estruturas nobres pode provocar sintomatologia, no entanto é frequentemente assintomática. O diagnóstico é clínico e imagiológico, mas a confirmação exige biópsia óssea. Não requer tratamento, devendo ser periodicamente avaliada com exames de imagem. A manutenção da higiene oral rigorosa e a evicção da instrumentação é fundamental pelo risco aumentado de osteomielite cuja terapêutica, além de antibioterapia prolongada, poderá incluir sequestrectomias com sequelas funcionais e estéticas.


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