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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 5-5


Casos Clínicos

#009 Tratamento endodôntico microcirúrgico de defeitos ósseos classe F – Série de 13 casos


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL)

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Volume - 62
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 5-5
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Introdução: O objetivo da microcirurgia endodôntica é a eliminação de infeção peri-radicular persistente quando o retratamento não cirúrgico não é aconselhável ou exequível. Com elevadas taxas de sucesso associadas, tem vindo a ganhar popularidade enquanto opção terapêutica. No entanto, nos casos com doença periodontal concomitante, a presença de defeitos ósseos verticais aumenta a complexidade do tratamento, implicando muitas vezes a utilização de materiais de substituição ósseos. Nesta série apresentamos 13 casos classificados como classe F de Kim et al. (2006) abordados micro-cirurgicamente, com controlos até 9 anos. Descrição do caso clínico: Os procedimentos clínicos foram semelhantes em todos os casos, realizados pelo mesmo clínico sob ampliação com microscópio ótico. Após anestesia infiltrativa foram efetuados retalhos triangulares com incisão ´papilla-based´, osteotomia para acesso à região periapical e apicectomia não biselada de pelo menos 3mm. A retro?preparação foi feita com recurso a pontas de ultrassons e, após secagem dos canais, foi aplicado MTA para retro?obturação. O material de enxerto ósseo foi autologo, recolhido da zona da intervenção, ou xeno-enxerto bovino, cobertos por uma membrana reabsorvível de colagénio colocada pelo menos 2mm para la de toda a margem da loca. Os tecidos foram reposicionados com suturas, removidas ao fim de 5/7 dias. Efetuaram-se controlos clínicos 1 mês pós? cirúrgico, e controlos radiográficos a cada 6 meses até à remissão total da lesão. Discussão e conclusões: Todos os casos representados correspondem a abordagens microcirúrgicas bem-sucedidas de defeitos classe F, com lesões endo-perio de origem primária endodôntica, com controlos de 3 a 9 anos. Apesar de alguns estudos relacionarem a existência de defeitos apico-marginais com taxas de sucesso inferiores a 50% estas poderiam estar relacionadas com a utilização de técnicas de microcirurgia tradicionais, sem recurso a ampliação e sem aplicação de técnicas de regeneração tecidular guiada. Mais recentemente, foram reportadas taxas de sucesso acima de 83% com a utilização de Bio?Oss como enxerto e Bio?Gide como membrana, semelhante aos resultados obtidos nestes casos. Com um correto diagnóstico e planeamento, existem atualmente técnicas viáveis, e com bom prognóstico, para casos de extensos defeitos periodontais com origem endodôntica.


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