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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) 7, 8 e 9 de outubro de 2021 | 2021 | 62 (S1) | Page(s) 2-2


Casos Clínicos

#003 Protração maxilar tardia na fenda lábio-palatina – Caso clínico

#003 Protração maxilar tardia na fenda lábio?palatina – Caso clínico


a Instituto de Ortodontia da Universidade de Coimbra

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Volume - 62
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 2-2
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Received on 07/10/2021
Accepted on 07/10/2021
Available Online on 07/01/2022


Introdução: A fenda lábio palatina é o defeito congénito facial mais frequente, com incidência geral de 1:700 a 1:500. Algumas das características clínicas mais importantes nestes doentes são decorrentes das cirurgias efetuadas para correção da fenda. Das principais sequelas cirúrgicas destaca? se o colapso ântero? posterior e transversal maxilar, conduzindo a um desvio centrípeto dento-alveolar e avanço da pré-maxila. Como tal, estes doentes geralmente apresentam um défice no desenvolvimento do terço médio da face, resultando numa tendência para a má oclusão de classe III e hipoplasia maxilar transversal severa, com mordida cruzada posterior. Quando estes doentes recorrem à consulta de Ortodontia, após o pico de crescimento puberal, o plano terapêutico pode contemplar diversas alternativas para correção da hipoplasia maxilar, nomeadamente a protração maxilar tardia. O objetivo deste trabalho consiste na apresentação de um caso clínico de uma doente portador de fenda Lábio-palatina submetido a protração maxilar tardia. Descrição do caso clínico: Uma doente do sexo feminino, 9 anos e 10 meses de idade, apresentou-se à consulta de Ortodontia para correção da má oclusão. A doente apresentava uma fenda lábio palatina unilateral direita, classe III esquelética por hipoplasia maxilar (ANB= -6.º), má oclusão de angle de classe III, mordida cruzada anterior (overjet de - 5mm) e posterior (discrepância transversal= - 8,2 mm). O plano de tratamento contemplou a correção da mordida cruzada posterior, através da utilização de um aparelho fixo (quad-hélix), e a correção do colapso maxilar ântero?posterior, aplicando o protocolo da protração maxilar tardia, através da máscara facial de Delaire. Após 12 meses de tratamento ortodôntico foi possível obter a correção das mordidas cruzadas anterior e posterior. Discussão e conclusões: Cerca de 22? 26% dos doentes com fenda lábio palatina necessitam de correção do défice maxilar no final do crescimento puberal. O avanço maxilar pós? juvenil pode ser efetuado mediante abordagens cirúrgicas ou não cirúrgicas, como a protração maxilar tardia. Esta opção inclui uma combinação de uma laxidez da sutura palatina mediana e avanço maxilar. A protração maxilar tardia pode ser uma alternativa para a correção da hipoplasia maxilar, desde que o doente seja cooperante e a necessidade de avanço não exceda os 5mm. Por sim, esta terapêutica é mais conservadora do que a abordagem cirúrgica e apresenta uma menor taxa de recidiva.


Introdução: A fenda lábio palatina é o defeito congénito facial mais frequente, com incidência geral de 1:700 a 1:500. Algumas das características clínicas mais importantes nestes doentes são decorrentes das cirurgias efetuadas para correção da fenda. Das principais sequelas cirúrgicas destaca? se o colapso ântero? posterior e transversal maxilar, conduzindo a um desvio centrípeto dento?alveolar e avanço da pré?maxila. Como tal, estes doentes geralmente apresentam um défice no desenvolvimento do terço médio da face, resultando numa tendência para a má oclusão de classe III e hipoplasia maxilar transversal severa, com mordida cruzada posterior. Quando estes doentes recorrem à consulta de Ortodontia, após o pico de crescimento puberal, o plano terapêutico pode contemplar diversas alternativas para correção da hipoplasia maxilar, nomeadamente a protração maxilar tardia. O objetivo deste trabalho consiste na apresentação de um caso clínico de uma doente portador de fenda Lábio? palatina submetido a protração maxilar tardia. Descrição do caso clínico: Uma doente do sexo feminino, 9 anos e 10 meses de idade, apresentou? se à consulta de Ortodontia para correção da má oclusão. A doente apresentava uma fenda lábio palatina unilateral direita, classe III esquelética por hipoplasia maxilar (ANB= ? 6.º), má oclusão de angle de classe III, mordida cruzada anterior (overjet de ? 5mm) e posterior (discrepância transversal= ? 8,2 mm). O plano de tratamento contemplou a correção da mordida cruzada posterior, através da utilização de um aparelho fixo (quad?hélix), e a correção do colapso maxilar ântero?posterior, aplicando o protocolo da protração maxilar tardia, através da máscara facial de Delaire. Após 12 meses de tratamento ortodôntico foi possível obter a correção das mordidas cruzadas anterior e posterior. Discussão e conclusões: Cerca de 22? 26% dos doentes com fenda lábio palatina necessitam de correção do défice maxilar no final do crescimento puberal. O avanço maxilar pós? juvenil pode ser efetuado mediante abordagens cirúrgicas ou não cirúrgicas, como a protração maxilar tardia. Esta opção inclui uma combinação de uma laxidez da sutura palatina mediana e avanço maxilar. A protração maxilar tardia pode ser uma alternativa para a correção da hipoplasia maxilar, desde que o doente seja cooperante e a necessidade de avanço não exceda os 5mm. Por sim, esta terapêutica é mais conservadora do que a abordagem cirúrgica e apresenta uma menor taxa de recidiva.


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