Resumo

Objetivos: Avaliar radiologicamente dois protocolos de ativação da distração osteogénica dento-ancorada no alongamento sagital mandibular canino. Materiais e métodos: 7 cães Beagle, com peso entre os 15? 18Kg foram submetidos a distração osteogénica e 3 permaneceram como grupo controlo. Ambas as hemimandíbulas foram utilizadas, formando os grupos experimentais: A: 6 hemimandíbulas – grupo controlo; B: 7 hemimandíbulas - ativações bidiárias de 0,5 mm; C: 7 hemimandíbulas – ativação diária de 1 mm. Após a distracção seguiu-se um período de consolidação de 12 semanas. Semanalmente foi realizada a avaliação da regeneração óssea no espaço de distração através de radiografias de incidência oclusal. Resultados: Durante os dez dias de ativação, verificou-se o deslocamento sagital gradual com sentido póstero-anterior dos fragmentos mandibulares, anteriores à osteotomia. Nas primeiras quatro semanas de consolidação, observaram-se pequenos focos retangulares radiopacos com orientação paralela ao eixo de distração em todas as hemimandíbulas dos grupos B e C. No decurso deste período, verificou?se uma radiopacidade crescente até à décima segunda semana, na qual se observou uma zona uniforme de mineralização em todas as hemimandíbulas. Conclusões: O protocolo de distração, através do dispositivo dento?ancorado, é eficaz no alongamento sagital mandibular. A distração possibilitou uma formação óssea semelhante à arquitetura óssea original, sobretudo no grupo de distração bidiária.