Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 33-34
Investigação Original
#079 Influência do tipo de tratamento térmico na resistência à flexão de resinas bis-acrílicas
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 61
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 33-34
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Article History
Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 11/12/2020
Keywords
Resumo
Objetivos: Avaliar o efeito da duração e tipo de tratamento térmico pós? polimerização na resistência à flexão de 2 resinas bis?acrílicas. Materiais e métodos: Utilizando um molde de aço inoxidável, foram fabricados 420 espécimes. Os 210 espécimes de cada resina (Protemp 4; Structur 3) foram divididos aleatoriamente em 28 grupos (n=15). Para cada material, foram criados 2 grupos controlo sem qualquer tratamento térmico, em que os testes de resistência à flexão foram realizados num grupo aos 30 minutos após o início da mistura do bis-acrílico e no outro às 24 horas. Os 24 grupos experimentais foram constituídos de acordo com as diversas combinações entre resina bis? acrílica, tipo (micro-ondas, banho de água a 60.ºC, e secador) e duração do tratamento térmico (1, 2, 3, e 4 minutos). Os testes de resistência à flexão com 3 pontos (distância entre hastes 20 mm; velocidade de deslocamento 0,75 mm/min) nos 24 grupos experimentais foi realizada 30 minutos após o início da mistura do bis? acrílico. A análise estatística foi efetuada com testes Mann?Whitney, Kruskal-Wallis e ANOVA (α=0,05). Resultados: O Protemp 4 apresentou uma resistência à flexão estatisticamente (p<0,001) mais elevada do que o Structur 3. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p<0,001) entre os 3 tipos de tratamento térmico, tendo o microondas permitido obter os valores mais elevados. Quanto à duração do tratamento térmico, o condicionamento dos espécimes durante 2 minutos permitiu obter valores de resistência significativamente (p=0,001) mais elevados que o tratamento durante 1 minuto, mas não se observaram diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os 2, 3 e 4 minutos. Em todos os grupos experimentais verificaram-se valores de resistência à flexão estatisticamente (p<0,001) mais elevados do que os obtidos no respetivo grupo controlo com 30 minutos de envelhecimento. Com exceção do banho de água durante 1 e 2 minutos e do secador durante 1 minuto para os espécimes fabricados com Structur 3, todos os tratamentos térmicos realizados permitiram obter resistência à flexão estatisticamente semelhante ou superior à verificada no grupo controlo com 24 horas de envelhecimento. Conclusões: O tratamento térmico pós-polimerização com microondas permitiu obter valores de resistência à flexão mais elevados que os restantes métodos. O tratamento térmico deverá ser realizado durante 2 minutos, com exceção do banho de água para Structur 3 que deverá ser realizado durante 3 minutos.