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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 31-32


Investigação Original

#074 A Hipossialia em pacientes hipertensos





Volume - 61
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 31-32
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Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Objetivos: A Hipertensão Arterial é uma patologia sistémica prevalente em Portugal. Este estudo pretende descrever a prevalência de hipossialia na população que administra anti-hipertensores, relacionando-a com as variáveis sociodemográficas e com os dados clínicos da Hipertensão Arterial. Materiais e métodos: Estudo transversal com uma amostra aleatória constituída por 40 indivíduos, de ambos os sexos, de idade 41 a 90 anos que compareceram nas consultas de Medicina Dentária Preventiva e Comunitária entre fevereiro e março de 2020, na Clínica Universitária Egas Moniz. A recolha de dados foi feita através de um inquérito realizado por escrito com questões no âmbito dos dados clínicos da Hipertensão Arterial e das variáveis sociodemográficas. Seguidamente, mediu-se a tensão arterial e efetuou-se a sialometria, para obtenção das taxas de fluxo salivar não estimulado e estimulado. Esteve presente o consentimento informado e garantiu-se a total confidencialidade dos dados. Os dados recolhidos neste estudo foram submetidos a uma análise estatística descritiva pelos valores de prevalência através do software IBM SPSS Statistics ® v.24. Resultados: A prevalência da hipossialia da amostra foi 60%, sendo mais prevalente nos grupos de 51? 60 anos (17,5%) e 61? 70 anos (17,5%). A amostra é composta por 55% do sexo masculino e 45 % do sexo feminino, sendo a hipossialia mais prevalente no sexo masculino (35%), na raça caucasiana (55%), que frequentou até o 1.º ciclo de escolaridade (20%), que afere entre 1? 2 salários mínimos nacionais (42,5%), reformados (as) (40%) e casados (as) / união de facto (47,5%). Verificou-se a prevalência de hipossialia no grupo dos hipertensos > 10 anos (37,5%), que administram anti? hipertensores > 10 anos (37,5%), administram um único anti? hipertensor (52,5%) e na administração dos Bloqueadores dos Canais de Cálcio (22,5%). Não foi encontrada correlação entre prevalência de hipossialia e variáveis sociodemográficas (p> 0,05), nem com os dados clínicos da Hipertensão (p> 0,05). Conclusões: Com este estudo foi possível observar que mais que metade da nossa amostra padece de hipossialia, mas desconhece a sua repercussão na cavidade oral. Os resultados obtidos realçam a necessidade de se reforçar o diagnóstico precoce da hipossialia associada a administração de anti-hipertensores como um meio de promoção e prevenção de doenças orais futuras.


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