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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 30-31


Investigação Original

#072 Influência da diabetes mellitus no sucesso do tratamento endodôntico – estudo retrospetivo





Volume - 61
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 30-31
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Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Objetivos: A diabetes mellitus (DM) tem influência direta nas funções do sistema imunológico, o que leva à diminuição da taxa de cicatrização. Devido às alterações da reparação tecidular e das funções imunológicas e vasculares, o sucesso da terapia endodôntica em pacientes com DM pode estar comprometido. O presente estudo tem como objetivo investigar se a presença de DM tipo 2 influencia os resultados do tratamento endodôntico. Materiais e métodos: Para este estudo retrospetivo, foram selecionados todos os tratamentos endodônticos realizados no Instituto de Endodontia, Faculdade de Medicina, entre 2015 e 2019. Após a aplicação dos critérios de inclusão (diabetes tipo 2 relatado na história clínica; ausência de outra doença sistémica; sem limite de idade e sem restrição do estado de saúde oral do paciente), todos os pacientes que respeitavam esses critérios foram incluídos no grupo diabético (GD). Para o grupo controlo (GC), foi selecionado aleatoriamente um número semelhante de pacientes sem nenhuma doença sistémica e que necessitaram de tratamento endodôntico na mesma instituição e no mesmo intervalo de tempo. No GC houve em consideração a variação de idade e sexo do GD para homogeneizar os grupos durante a randomização. Entre seis e quarenta meses após o tratamento endodôntico, uma consulta de controlo foi agendada para avaliar os parâmetros clínicos e radiográficos. O sucesso do tratamento endodôntico foi definido pela ausência de sinais clínicos e radiográficos na consulta de controlo, independentemente da presença ou ausência de lesão apical na radiografia pré?operatória. Os resultados foram avaliados pelo Modelo de Regressão de Cox e pelo Modelo de Kaplan?Meier. Resultados: Os resultados revelaram uma menor taxa de sucesso da terapia endodôntica em pacientes diabéticos tipo 2 com diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (OR: 2.482; IC 95%: 1.168? 5.272; p = 0.018). Através do Modelo de Kaplan?Meier, observou? se que o GD necessitou de 30.35 ± 2.78 meses para atingir o sucesso endodôntico, enquanto o GC necessitou de 14.75 ± 0.58 meses (p < 0.01). Conclusões: A presença de DM poderá diminuir a capacidade de reparação dos tecidos periapicais. De acordo com os resultados obtidos, e não relacionados à qualidade dos tratamentos realizados, é possível concluir que pacientes com DM tipo 2 podem ter menor taxa de sucesso no tratamento endodôntico do que indivíduos saudáveis.


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