Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 22-23
Casos Clínicos
#053 Expansão rápida maxilar assistida por microimplantes: Caso clínico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 61
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 22-23
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Article History
Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 11/12/2020
Keywords
Resumo
Introdução: A discrepância maxilar severa é uma má oclusão prevalente em diversas faixas etárias. Na adultícia, o tratamento preconizado é a expansão maxilar cirurgicamente assistida. Contudo, esta terapêutica é invasiva e onerosa, uma vez que envolve uma intervenção cirúrgica com recurso à anestesia geral. Como alternativa à técnica clássica, surgiu nos últimos anos a técnica de expansão rápida da maxila assistida por microimplantes, que utiliza a ancoragem dos microimplantes ortodônticos por forma optimizar as forças nas suturas circunmaxilares, evitando assim a osteotomia. O objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico de expansão rápida da maxila assistida por microimplantes. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino com 29 anos dirigiu?se à consulta do Instituto de Ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. À observação intra?oral, apresentava retrognatia mandibular, má oclusão de classe II molar e canina, e endognatia maxilar de 10 mm. O plano de tratamento realizado consistiu na expansão rápida da maxila assistida por microimplantes, seguido de aparatologia fixa multibracketts Roth 0,18 bimaxilar, e posterior avanço mandibular com Osteotomia Sabital Bilateral. A expansão foi realizada durante 12 dias e, o doente foi instruído a realizar 4 activações diárias (2 manhã/2 noite) para produzir uma velocidade de expansão de 2mm/dia. Através da tomografia de feixe cónico verificou? se a abertuda da sutura média palatina e um aumento da distância intermolar de 31 mm para 41 mm. Discussão e conclusões: A escolha da expansão maxilar não cirúrgica está indicada em doentes que recusam a expansão cirúrgica e, que se encontrem no final do crescimento da sutura palatina, que ocorre por volta da terceira década de vida. A ancoragem bicortical, através dos microimplantes, possibilita a separação da sutura média palatina e a libertação da sutura pterigopalatina. A terapêutica utilizada foi eficaz na realização da expansão maxilar e, permitiu minimizar os riscos da osteotomia bem como a redução do custo do tratamento.