Search options

Search
Search by author
Between Dates
to
Volume and Number
&
Spemd Logo

Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 10-11


Casos Clínicos

#024 Eritroleucoplasia – a propósito de um caso clínico





Volume - 61
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 10-11
Go to Volume


Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Introdução: Eritroleucoplasia é definida pela OMS como ´uma placa ou mancha branca e vermelha que não corresponde clínica ou histologicamente a nenhuma doença conhecida”. É uma lesão oral rara, de etiologia desconhecida, em que o tabaco, o álcool e a nutrição, combinados ou não, parecem ser factores predisponentes. A taxa de malignização varia consoante os estudos, sendo reportados valores entre 5,2% e 55%, com taxas mais elevadas nos não fumadores. Localiza? se com mais frequência na língua, comissuras labiais e pavimento bucal, podendo ou não estar associada a dor ou disfagia. Descrição do caso clínico: Senhora de 62 anos, observada na consulta externa Serviço de Estomatologia por lesão leuco? eritematosa da língua com cerca de 6 meses de evolução, indolor. Sem antecedentes pessoais e familiares relevantes. Ao exame clínico, observou? se placa leuco? eritroplásica no bordo esquerdo da língua, textura rugosa, de consistência mole, depressível, não infiltrada com cerca de 4,5 x 3 cm. Na primeira consulta, com base na história clínica e exame objetivo estabelece? se um diagnóstico clínico de eritroleucoplasia. Foi explicada a situação à doente e procedeu? se a um desgaste selectivo dos dentes contíguos para eliminar qualquer traumatismo. Após 3 semanas, marcou? se consulta de reavaliação, não se observou regresssão da lesão. Foi decidido realizar biopsia excisional da lesão, e envio da peça para estudo anatomo? patológico. O resultado revelou, presença de displasia epitelial oral moderada a severa, com diagnóstico anatomo? patológico de eritroleucoplasia. Após uma semana de pós? operatório, observou? se melhoria clínica e boa cicatrização. Na consulta no segundo mês de pós? operatório, mantinha boa cicatrização e pequenas lesões brancas na zona posterior à excisão. Após a última avaliação decidiu? se manter a doente sob vigilância trimestral e intervir caso ocorram modificações o justifiquem. Discussão e conclusões: a deteção e o diagnóstico precoce das lesões potencialmente malignas faz parte do exame de Estomatologia. No que diz respeito ao tratamento, a melhor abordagem consiste na combinação da observação clínica com a eliminação dos possíveis fatores etiológicos e controlo da lesão após 2? 4 semanas. Caso a lesão persista procede? se à biópsia, com envio da peça para estudo anatomo? patológico, para obter? se o diagnóstico definitivo. O diagnóstico é fundamental para instituição do tratamento. Deve manter? se um follow? up por tempo indefinido em intervalos que variam de 3? 6 meses.


Supplementary Content


  Download PDF