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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 8


Casos Clínicos

#019 Oncocitoma da Glândula Parótida: um diagnóstico raro





Volume - 61
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 8
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Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Introdução: O diagnóstico diferencial de uma lesão parotídea é complexo, devendo considerar? se diversas patologias das mais distintas etiologias. Dentro das neoplasias benignas da glândula parótida, foram descritos poucos casos de oncocitomas na literatura. Por serem raros (inferior a 1% de todos os tumores que acometem as glândulas salivares) e devido às características inespecíficas da sua apresentação clínica, dos resultados imagiológicos e das limitações que envolvem a Punção Aspirativa por Agulha Fina, podem verificar? se erros de diagnóstico, nomeadamente quando se consideram outras lesões mais frequentes. O diagnóstico definitivo é histológico, sendo realizado na grande maioria após biópsia excisional da lesão. Descrição do caso clínico: Doente do sexo masculino, 77 anos, referenciado ao Serviço de Urgência, por lesão nodular na dependência da parótida esquerda, com 15 dias de evolução e sem sintomatologia associada. Ao exame objetivo, verificou? se uma tumefação com 3cm de maior eixo, indolor, de consistência duro? elástica, móvel, limitada ao polo inferior da parótida esquerda, confirmada por ecografia de tecidos moles. Foi realizada Punção Aspirativa por Agulha Fina, para estudo histológico, que revelou uma lesão com características oncocíticas e infiltrado inflamatório, admitindo? se provável diagnóstico de Tumor de Warthin. Após realização de parotidectomia superficial eletiva, o estudo anatomopatológico da peça cirúrgica demonstrou tratar? se de um Oncocitoma parotídeo. Discussão e conclusões: O diagnóstico de uma massa parotídea, com as suas etiologias variadas, que se apresenta com uma clínica ausente ou inespecífica, pode revelar? se um desafio, sendo muitas vezes apenas possível após resseção total da lesão e estudo anatomopatológico. A sua baixa incidência, aliada à dificuldade no diagnóstico e ao facto de a abordagem terapêutica não diferir significativamente de outras neoplasias benignas da parótida, pode resultar num subdiagnóstico de oncocitoma, acabando por ser facilmente negligenciado e excluído do diagnóstico diferencial, pelo que se torna pertinente a descrição deste caso clínico.


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