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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - Congresso Online da SPEMD – NEXTGEN 2020 11 e 12 de dezembro de 2020 | 2020 | 61 (S1) | Page(s) 4


Casos Clínicos

#009 Incisivo central em “mão de sinaleiro”: abordagem médico-cirúrgica





Volume - 61
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 4
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Received on 11/12/2020
Accepted on 11/12/2020
Available Online on 21/12/2020


Introdução: A prevalência de dentes incisivos centrais superiores inclusos é baixa, variando entre 0,06% e 0,2%. Assume-se uma falência eruptiva quando um dente demora mais de 6 meses a erupcionar que o contralateral. Os fatores etiológicos comummente envolvidos são a presença de odontomas, dentes supranumerários e trauma alveolodentário. O tratamento deve ser decidido individualmente. Descrição do caso clínico: Criança de 10 anos, caucasiana do sexo feminino, recorre à consulta de Estomatologia no Centro Hospitalar Universitário de São João em janeiro de 2020 por ausência de erupção de 1.1. O atraso da erupção era superior a 3 anos, após a esfoliação de 5.1 e da erupção de 2.1. Nega trauma facial ou outros antecedentes relevantes. Ao exame objetivo apresentava dentição mista e ausência de 1.1. Sem abaulamentos palpáveis. Realizou tomografia computorizada que descreve ´1.1 incluso (...) com orientação oblíqua anterior e cranial da coroa (...) imagem hipertransparente com 10 mm de maior diâmetro e raiz posicionada no palato duro´. Planeou-se a exodontia e reabilitação removível de 1 elemento. Em junho de 2020 procedeu-se à exodontia de 1.1 incluso. A lesão quística foi enviada para estudo anatomopatológico que confirmou tratar-se de um quisto dentígero. Discussão e conclusões: O incisivo central superior impactado com inversão labial é considerado um tipo especial de impactação dentária, na qual a coroa se encontra orientada na direção cranial e a face palatina voltada para vestibular. São conhecidos como ´mão de sinaleiro´. A maioria destes apresenta dilaceração radicular. Nestes casos há duas alternativas terapêuticas possíveis, de acordo com as condições locais e com a colaboração do doente: manutenção do espaço com dispositivo ortodôntico seguido de exposição cirúrgica do dente e respetiva tração; ou exodontia e reabilitação (inicialmente removível) fixa após o término do crescimento craniofacial. A tração ortodôntica após exposição cirúrgica é possível, mas apenas com o desenvolvimento radicular incompleto é possível explorar o potencial eruptivo do dente incluso. No caso reportado realizou-se a exodontia cirúrgica sob anestesia geral dada a falta de colaboração da criança.


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