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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Lisboa, 4 a 6 de abril de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 91


Casos Clínicos

#SOPDF-19 Tratamento ortodôntico facilitado por corticotomias – Um caso clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 91
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O tratamento ortodôntico facilitado por corticotomias é um tratamento combinado entre a ortodontia e a periodontologia com a colocação de materiais de preenchimento ósseo. Em pacientes que apresentam displasias esqueléticas menores esta técnica pode ser uma opção à cirurgia ortognática, em casos bem seleccionados. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, 27 anos com perfil côncavo, lábio superior retruído e retroinclinado, ausência dos dentes 12, 22, 23, 32 e 36, mesioclusão molar e canina, mordida cruzada anterior com displasia tranversal do maxilar e sinais de compensação dento-alveolar no sentido sagital e transversal. A avaliação cefalométrica revelou uma relação esquelética basal sagital mesial com retrognatismo maxilar e ortognatismo mandibular, biótipo mesodivergente, incisivo superior em retrusão e retroinclinação e incisivo inferior em normoposição e retroinclinação. O CBCT confirmou a falta de osso alveolar por vestibular dos incisivos maxilares. O plano de tratamento proposto foi um tratamento ortodôntico-cirúrgico ortognático bimaxilar rejeitado pelo paciente. Propôs se como alternativa um tratamento ortodôntico de compromisso, com corticotomia maxilar e enxerto ósseo alogéneo segundo a Técnica descrita por Wilcko. Discussão: Com o tratamento ortodôntico facilitado por corticotomias é possível conseguir maior expansão dento-alveolar, no sentido de compensar a displasia transversal, sem perda aparente de suporte alveolar. Como os movimentos ortodônticos pretendidos eram no maxilar, no sentido vestibular e anterior, foi feita cirurgia de corticotomia segmentada (PAOO – Periodontally Accelerated Osteogenic Orthodontics) apenas por vestibular. Após um período de cicatrização de 2 semanas durante o qual nenhuma complicação cirúrgica ocorreu, foram colocados arcos expansivos e o paciente foi controlado quinzenalmente. Conclusões: O uso desta técnica permite alcançar resultados surpreendentes e pode ser uma alternativa a considerar em casos cirúrgicos limites. Não obstante a eficiência e os limites do movimento ortodôntico facilitado pelas corticotomias necessita ser validado por ensaios clínicos randomizados cuidadosamente desenhados.


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