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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 87


Revisão

SPE#31 – Remoção de instrumentos separados: análise crítica de diferentes técnicas





Volume - 60
Supplement - S1
Revisão
Pages - 87
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: A separação de instrumentos endodônticos constitui uma das complicações frequentes no decorrer de um Tratamento Endodôntico. A existência de um fragmento de instrumento na raiz vai dificultar a desinfeção do sistema de canais radiculares e o seu posterior selamento. Porém, o sucesso do tratamento endodôntico não deve ser diretamente relacionado com a presença ou ausência de um instrumento separado. Depende de outros fatores, tais como a existência de lesão periapical, grau de desinfeção do sistema canalar e do estagio em que ocorreu a separação. A técnica de bypass deve ser a primeira opção. No entanto, sempre que possível procede-se à remoção total do instrumento. A técnica com Ultrasons é aquela que apresenta a taxa de sucesso mais elevada. É importante considerar as limitações desta técnica, nomeadamente a destruição excessiva da estrutura dentária e a sua limitação em remover instrumentos na zona apical, sem visão direta ou de grandes dimensões. Nesta revisão vamos comparar métodos alternativos mais conservadores. Métodos: Os motores de pesquisa utilizados foram PubMed e ScienceDirect, durante o período do mês de março de 2019, usando os termos: instrument removal, separated instruments, endodontics, ultrasonic technique, Loop systems, instrument fracture e branding technique. Resultados: Na tentativa de remoção de fragmentos, a literatura descreve a técnica com Ultrasons como eficaz, sobretudo quando se tem visão direta para o instrumento. Porém, quando localizados no terço apical dos canais radiculares, a técnica é consideravelmente menos bem sucedida. Para além disso, verifica-se um excesso de destruição dentinária podendo tornar o dente suscetível à fratura. Como alternativa para uma remoção segura e minimamente invasiva, sempre que o caso o permita, podem ser usados sistemas tipo Loop e Branding Technique. Discussão e conclusões: No caso de ser necessário a remoção de um instrumento, as hipóteses de sucesso devem ser ponderadas contra os potenciais riscos e complicações. A remoção de limas com Ultrasons diminui a força radicular e aumenta o risco de fratura vertical. Nos casos em que o fragmento está no terço médio o aumento do risco de fratura é de 30% e no terço apical de 40%. O clínico deve ponderar qual o sistema mais adequado para a resolução de cada caso. Os sistemas do tipo Loop ou técnicas de remoção como Branding Technique, apesar das limitações, são alternativas complementares permitindo uma menor destruição dentinária.


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