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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 86


Revisão

SPE#28 – Retenção intracanalar: quando, que material e como?





Volume - 60
Supplement - S1
Revisão
Pages - 86
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivo: Determinar as situações clínicas que constituem indicação para recorrer a retenção intracanalar, o tipo de material e técnica a utilizar. Métodos: Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed, recorrendo à seguinte chave: “Tooth, Nonvital”[Mesh] OR “endodontics”[ All Fields] OR “endodontically treated teeth”[All Fields] AND (“retention”[All Fields] OR “posts”[All Fields]) AND (“fiber”[ All fields] OR “metal”[All fields] OR “ceramic”[All fields]) AND (systematic[sb] OR Meta-Analysis[ptyp] OR Review[ ptyp]) AND (“2009/04/19”[PDAT]: “2019/04/17”[PDAT] AND English[lang]). Resultados: A metodologia utilizada permitiu a obtenção inicial de 21 artigos, que após leitura dos respetivos títulos e abstracts foram incluídos na totalidade. Foram adicionadas 3 referências cruzadas, perfazendo um total de 24 referências bibliográficas. O tratamento endodôntico implica perda de estrutura dentária e consequente menor resistência à fratura. A quantidade e qualidade de tecido dentário remanescente e a presença do efeito de férula influenciam a longevidade do tratamento. A utilização de retenção intracanalar tem como principal finalidade dotar a restauração de meios adicionais para prevenir o deslocamento desta quando submetida a forças de tração, ou seja, aumentar a retenção através do aumento da área de contacto do complexo dente-restauração em dentes com tratamento endodôntico. De acordo com a literatura atual, conclui-se que não são demonstradas diferenças significativas na longevidade de espigões de fibra de vidro quando comparados com espigões metálicos. Os espigões de fibra de vidro apresentam um módulo de elasticidade semelhante ao da dentina mas, apesar de mais biomiméticos, a sua principal causa de insucesso é a descimentação ou fratura. No que concerne aos espigões metálicos, a principal causa de insucesso é a fratura radicular. Um dos fatores preponderantes no insucesso de técnicas adesivas reside na ação dos irrigantes endodônticos que podem comprometer a interface adesiva, tornando-a susceptível a degradação. Conclusões: O recurso a técnicas de retenção intracanalar deve reduzir-se ao mínimo necessário, sendo restrito a dentes anteriores e pré-molares. Sempre que o dente apresentar uma área adesiva suficiente para resistir a forças de tração deve evitar-se a utilização de meios adicionais de retenção.


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