Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 80
Casos Clínicos
SPE#13 – Remoção de um fragmento de cone de prata de um molar mandibular (36)
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 80
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Article History
Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019
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Resumo
Introdução: Os cones de prata, com o mesmo diâmetro e comprimento do instrumento usado, foram introduzidos por Jasper em 1933 e amplamente utilizados entre as décadas de 30 a 60, particularmente em canais com diâmetro curto. As vantagens dos cones de prata, são a facilidade de inserção e controlo do comprimento de trabalho, no entanto, microscopicamente observa-se a sua corrosão com o passar do tempo. A sua falta de plasticidade não permitir um correto selamento lateral ou apical do sistema canalar é o motivo principal pelo qual a obturação com recurso a cones de prata é hoje considerada um método de obturação inferior ao standard. Descrição do caso clínico: O caso clínico apresentado aborda a remoção de um fragmento de um cone de prata do canal mesio lingual de um molar inferior (36) de uma paciente do sexo feminino com 52 anos. O dente já havia sido previamente iniciado apresentando uma periodontite apical assintomática, com presença de uma fístula por vestibular. O tratamento consistiu na remoção do fragmento do cone de prata e obturação do dente e é apresentado o follow up com um ano. Discussão e conclusões: Visando a remoção do fragmento, foram utilizados vários instrumentos como os ultrassons, broca esférica de mandril longo, assim com foram aplicadas diferentes técnicas tais como uma de bypass ou a tração com limas H entrelaçadas. Após a remoção do fragmento com sucesso foi realizada uma instrumentação com limas reciprocantes r25 e r50 e limas mtwo de calibre 30, 35 e 40. A obturação foi realizada com recurso a cones de gutta percha 4% calibrados e a uma técnica híbrida de tagger e o selamento intracoronário com cimento de ionómero de vidro. Sendo a obturação com cones de prata desaconselhada por ser um tratamento abaixo do standard, e uma vez que não existe um protocolo específico para a sua remoção, é relevante perceber quais as técnicas existentes ao nosso alcance de forma a minimizar o risco de fratura ou bloqueio de um canal por um cone prata separado.