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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 78


Casos Clínicos

SPE#9 – Retratamento Endodôntico Não Cirúrgico de um 1.º Molar Mandibular com 3 Canais Distais





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 78
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O conhecimento da anatomia do sistema de canais de cada dente e das suas variações são importantes para o planeamento de um tratamento endodôntico de forma a maximizar as probabilidades do seu sucesso. Na população caucasiana, o 1.º molar mandibular é reconhecido pela sua anatomia complexa apresentando, na sua maioria, 2 raízes associadas a várias configurações canalares. Este trabalho teve como objetivo apresentar a resolução de um caso de retratamento endodôntico de um 1.º molar mandibular com uma anatomia pouco comum, 3 canais na raiz distal. Descrição do caso clínico: Uma paciente do sexo feminino e com 45 anos de idade compareceu na clínica apresentando um quadro clínico de dor e desconforto à palpação no 3.º quadrante. Foi observada por uma colega que detetou uma lesão apical associada ao dente 36, medicou com amoxicilina + ácido clavulânico e encaminhou para RENC com recurso a microscópio. A paciente compareceu na consulta passados 5 meses apresentando um diagnóstico pulpar de dente previamente tratado e um diagnóstico periapical de periodontite apical sintomática. Foi realizado acesso com broca esférica diamantada de mandril longo e refinamento da cavidade de acesso com ponta de ultrassons Start-X3. Desobturação de todos os canais com R25 e obtenção de permeabilidade com lima 10 K. Instrumentação com R25 no canal DL, DM, MV, ML e com Wave One Gold Medium no DV. Obturação por onda contínua de calor com cones de guta-percha calibrados 4% e utilizando cimento de resina epoxy Ahplus. Foi realizado follow-up a 6 meses e a paciente encontra-se assitomática sendo possível verificar diminuição da lesão. Discussão e conclusões: A causa major para o insucesso do tratamento endodôntico resulta da incapacidade em localizar e tratar todos os canais do sistema radicular. A ocorrência de 3 canais na raiz distal apresenta uma incidência de 0,2-3%. No entanto, um estudo realizado na população portuguesa por Martins et al. em 2018, reportou uma incidência de 0% no que se refere a raízes distais com 3 canais. Tendo em conta a baixa prevalência de 1.º molares mandibulares cuja raiz distal possui 3 canais, o presente caso demostra a importância de um correto diagnóstico e abordagem endodôntica inicial, sendo de interesse acrescido a discussão sobre as causas que conduziram ao retratamento endodôntico não cirúrgico (RENC) e os vários conceitos e instrumentos disponíveis para facilitar e melhorar a localização de canais.


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