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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 76


Casos Clínicos

SPE#5 – Prognóstico do tratamento endodôntico com extrusão apical de cimento: caso clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 76
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: Idealmente, o material de obturação utilizado no tratamento endodôntico deve ficar confinado ao espaço intrarradicular. No entanto, este controlo nem sempre é possível e pode ocorrer extravasamento do cimento de obturação. A literatura sugere que a solubilidade e biocompatibilidade do cimento utilizado podem influenciar o prognóstico do tratamento, e ainda, que nos casos de extravasamento o prognóstico é consideravelmente melhor em dentes sem lesão periapical do que em casos clínicos com periodontite apical. Descrição do caso clínico: Paciente do género feminino, raça caucasiana, de 9 anos de idade, com história de traumatismo por queda de bicicleta em 2012, sofre fratura coronária não complicada e subluxação dos dentes 21 e 11. Os tratamentos no âmbito do episódio de urgência foram realizados pela área de odontopediatria (indicação de dieta mole, férula semi-rígida e restauração convencional). Em 2014, a paciente foi encaminhada para a área diferenciada de endodontia devido à presença de fístula no dente 21 com registo de diagnóstico de necrose pulpar. Foi realizado o tratamento endodôntico com instrumentação mecanizada com limas Protaper Universal e obturação com o cimento AH Plus, com obtenção do follow up radiológico aos 9 e 18 meses e aos 3 e 4 anos. Em 2017, durante o tratamento ortodôntico é diagnosticado necrose pulpar no dente 11. Foi realizado o mesmo protocolo de tratamento endodontico, seguido de follow up aos 9, 18 e 24 meses. Em ambos os tratamentos verificou?se a ocorrência de extrusão apical de cimento de obturação. Discussão e conclusões: Quando ocorre extrusão de cimento é expectável que este seja solubilizado pelos fluídos dos tecidos periapicais, fagocitado ou encapsulado pelos tecidos fibrosos conjuntivos. Segundo a literatura, a persistência do cimento no periápice observável nas radiografias do follow up do caso clínico apresentado, pode estar diretamente relacionada com a baixa solubilidade do cimento utilizado (AH Plus). Assim, apesar do possível atraso no processo de cicatrização dos tecidos periapicais e/ou complicações pós-operatórias causadas pela extrusão do cimento, a sua permanência nos tecidos não é sinónimo do comprometimento do sucesso do tratamento endodôntico.


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