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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 75-76


Casos Clínicos

SPE#4 – Abordagem não cirúrgica a uma lesão periapical de grandes dimensões induzida por trauma





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 75-76
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O traumatismo dentário está frequentemente associado à rutura do aporte sanguíneo da polpa, dando origem a necrose. O colapso da circulação sanguínea pode causar necrose tecidular e condições anaeróbias que permitem a multiplicação de microrganismos e libertação de diversas toxinas que levam à formação de lesões periapicais. A infeção pode ser imediata ou tardia. Os abcessos, granulomas e quistos desenvolvem-se em resposta ao conteúdo antigénico intra-canalar, estes representam mais de 90% das lesões periapicais. Descrição do caso clínico: Neste relato de caso clínico é apresentado um caso de traumatismo dentário de uma paciente do sexo feminino com 17 anos. O trauma teria ocorrido há cerca de 2 anos e envolveu uma fratura não complicada da coroa do dente 41. Radiograficamente observou-se uma lesão periapical que se estendia a todos os incisivos inferiores e evidência de uma reabsorção apical externa no dente 41. Clinicamente estava presente uma fístula lingual entre os dentes 31 e 41, e edema dos tecidos moles linguais e vestibulares. Foi feito um CBCT, para melhor avaliar a extensão da lesão, onde se observou a ausência de tábua óssea vestibular e lingual na região dos incisivos inferiores. Foram feitos os testes de sensibilidade a todos os dentes do 5.º sextante, onde ser verificaram repostas normais em todos os elementos exceto no 41. Optou-se por realizar tratamento endodôntico não cirúrgico apenas do dente 41, foi feita um protoloco de irrigação e instrumentação minuciosos de modo a eliminar os fatores causais da lesão, e tendo em conta a irregularidade do ápex foi feita uma obturação com um plug apical de MTA. Passada uma semana a paciente encontrava-se assintomática e a fístula tinha desaparecido. Passado 1 ano, a paciente encontra-se assintomática e o CBCT de follow-up apresenta fortes indícios de cura, apesar da lesão não ter desaparecido totalmente. Discussão e conclusões: Uma vez que é clínica e radiograficamente impossível diferenciar um quisto verdadeiro, de um quisto de bolsa ou de um granuloma uma abordagem judiciosa deve favorecer uma abordagem conservadora ao tratamento. Vários estudos clínicos têm confirmado que abordagens não cirúrgicas com um controlo adequado da infeção podem promover a cura de lesões periapicais de grandes dimensões. Sendo assim, o primeiro tratamento das lesões periapicais deve ser apenas direcionado para remover os fatores causais.


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