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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

2.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Coimbra, 31 de maio e 1 de junho de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 74-75


Casos Clínicos

SPE#2 – Tratamento pulpar vital em dentes permanentes imaturos após trauma. Caso clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 74-75
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: Quando nos deparamos com a necessidade de tratar um dente permanente jovem a vitalidade do mesmo deve ser tida como prioridade, pois dela depende o desenvolvimento da raiz imatura. Num traumatismo com exposição pulpar, tratamentos de terapia pulpar vital devem ser uma opção em detrimento da pulpectomia, de forma a garantir a formação radicular e conferindo-lhe mais resistência e durabilidade. O objectivo deste trabalho é através de um caso clínico demonstrar que o tratamento de polpa vital é uma alternativa com vantagens em relação aos tratamentos tradicionais. Descrição do caso clínico: Um paciente com 9 anos foi enviado para uma consulta de especialidade endodôntica após ter sofrido um traumatismo dentário onde foi feito um diagnóstico clínico de fratura de esmalte/dentina com envolvimento pulpar do dente 21. Apesar de o dente ter uma restauração provisória prévia apresentava sinais de vitalidade. Propôs-se um tratamento pulpar vital que foi aceite. Realizou-se uma Tomografia Computorizada Volumétrica (TVC) pré-operatória e após isolamento absoluto do dente 21 o tratamento foi executado com auxílio de microscópio cirúrgico. Foi removida a restauração e o tecido pulpar superficial e irrigou-se a cavidade com hipoclorito de sódio a 5%. Depois de se verificar o controlo da hemorragia foi feita uma barreira de MTA e selado com ionómero de vidro. Após dois dias foi feita a colagem do fragmento dentário remanescente que foi previamente guardado. O dente encontra-se assintomático desde a primeira consulta, foram feitos controlos radiográficos após 1 e 3 anos e no último foi realizado uma nova TCV verificando-se a formação da raiz na totalidade. Discussão e conclusões: Ao optarmos pelo tratamento pulpar vital, verificamos a formação radicular no follow-up de 3 anos. Em dentes imaturos, nos quais nos deparamos com exposição pulpar, o tratamento que recorre à pulpectomia interrompe o processo natural de formação radicular podendo comprometer a viabilidade da peça dentária a longo prazo. Permanecendo o tecido pulpar e consequentemente a vitalidade, todas as funções da polpa são mantidas, assim como as características biológicas do dente, conferindo maior resistência estrutural e durabilidade. Em conclusão, os tratamentos de TPV em dentes imaturos são mais vantajosos relativamente aos tratamentos tradicionais. No entanto são necessários follow-ups radiográficos e controlos da vitalidade, de forma a garantir o sucesso deste tratamento a longo prazo.


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