Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 71
Investigação Original
#176 Eficácia das normas cefalométricas na previsão do tratamento ortodôntico-cirúrgico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 71
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Article History
Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019
Keywords
Resumo
Objetivos: O objetivo deste estudo foi verificar se existem diferenças no perfil dos tecidos moles entre os indivíduos submetidos a tratamento ortodôntico? cirúrgico e os indivíduos pertencentes a uma população esteticamente ideal. Materiais e métodos: Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão previamente definidos para este estudo, foram selecionados de um total de 578 indivíduos portugueses de raça caucasiana e de ambos os géneros: 55 indivíduos para integrar um grupo de controlo (população ideal), com idade média de 22.6 anos e, 20 indivíduos com idade média de 22.75 anos que realizaram com sucesso, o tratamento ortodôntico cirúrgico para correção da má? oclusão de classe III. A análise cefalométrica das telerradiografias de perfil foi realizada no programa Dolphin Imaging Software, versão 8.0.6.12 (Dolphin Imaging Systems Inc., USA) com recurso à análise disponibilizada no atlas de cefalometria clínica de Miyashita and Dixon (1996). Para análise estatística, recorreu? se ao teste t? Student e utilizou?se um nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Das variáveis que representam os andares superior e médio da face, apenas a variável VV:LS (verdadeira vertical: lábio superior) é significativamente diferente entre as duas populações. O lábio superior está mais avançado na população ideal do que na submetida a tratamento ortodôntico? cirúrgico. As variáveis que representam o andar inferior da face são praticamente todas diferentes entre as duas populações. Na amostra submetida a tratamento, a posição da mandíbula e dos tecidos moles continuam numa posição mais avançada no plano sagital, apesar da osteotomia sagital de recuo ter sido realizada. Conclusões: A população com má oclusão e má formação esquelética de classe III, apesar de ter sido submetida a tratamento ortodôntico? cirúrgico, continua com perfil prognático, com lábio superior recuado e com lábio inferior e mento avançados. Esta constatação alerta para as deficiências das análises cefalométricas com normas exclusivamente dento?esqueléticas.