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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 56-57


Investigação Original

#138 Sistema de libertação de clorexidina – Propriedades superfície após envelhecimento químico





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 56-57
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Received on 19/12/2019
Accepted on 19/12/2019
Available Online on 19/12/2019


Objetivos: Avaliar o efeito da incorporação de clorexidina (CHX) na energia de superfície e na resistência adesiva à microtração de resinas acrílicas de rebasamento, após um processo de envelhecimento químico. Materiais e métodos: Foram selecionadas concentrações de CHX e incorporadas em três resinas acrílicas de rebasamento: 2,5% (m/m) em Kooliner e 5% (m/m) em Ufi Gel Hard e em Probase Cold. Para cada material, foi estabelecido um grupo controlo em que a resina não foi incorporada com CHX. Para o teste de energia à superfície, espécimes com dimensões iguais a 25x16x1 mm (n=7) foram preparados a partir de um molde aço. Para o teste de resistência adesiva à microtração, a resina de rebasamento foi aplicada sobre resina de base protética previamente envelhecida (2500 ciclos termociclagem), de forma a obter 36 paralelepípedos (n=6). Estes foram seccionados nas direções X e Y de forma a obter palitos com 1 mm2 de área seccional. Todos os espécimes foram imersos em saliva artificial (1g/5mL) e incubados a 37.ºC (300 rpm), mimetizando um processo de envelhecimento químico durante 28 dias, com ciclos alternados de 6 h em pH=3 e 18 h em pH=7. A energia de superfície foi calculada através da determinação dos ângulos de contacto pela técnica de Wilhelmy. Foram realizados testes de resistência adesiva à microtração numa máquina de testes universal (Instron; 1 mm/min; 1KN) e as superfícies de falha foram classificadas segundo o tipo de união em adesiva, mista ou coesiva. Os dados foram analisados estatisticamente com testes não paramétricos Mann?Whitney, exceto para o tipo de falha (qui?quadrado e exato de Fisher) (p=0,05). Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) nos valores de energia de superfície em qualquer um dos materiais estudados após envelhecimento químico. A incorporação de CHX não influenciou de forma significativa a resistência adesiva nos espécimes de Kooliner e Ufi Gel Hard (p>0,05). Relativamente ao Probase Cold, a incorporação com 5% de CHX conduziu a uma diminuição dos valores de adesão (p=0,004) comparativamente ao controlo (0% CHX). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) nos tipos de falha nas três resinas. Conclusões: Após envelhecimento químico, o sistema de libertação de CHX em todas resinas não parece afetar a energia de superfície. A incorporação de CHX, não parece afetar a resistência adesiva do Kooliner e Ufi Gel Hard, mas influenciou negativamente a adesão do Probase Cold com 5% de CHX.


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