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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 55


Investigação Original

#132 Projeto ´Pequenos Grandes Sorrisos”: um projeto social e comunitário no concelho de Viseu





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 55
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivos: Caracterizar a população das crianças institucionalizadas e acompanhadas pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho de Viseu, avaliar as rotinas de higiene oral praticadas nas instituições, calcular o índice CPOD e/ou cpod por criança, quantificar a necessidade de tratamento para cada criança e sensibilizar as instituições sobre a importância da saúde oral nas crianças e das visitas regulares ao Médico Dentista para uma melhoria significativa da qualidade de vida das mesmas. Materiais e métodos: Estudo do tipo observacional, descritivo e transversal. Foi feita a análise do estado de saúde oral das crianças e jovens incluídos no projeto e realizados os tratamentos necessários. Resultados: Foram avaliadas 151 crianças e jovens e realizadas 605 consultas. Todas as crianças e jovens das instituições Lar de Sto António, Lar de S. José e CAT foram tratadas. Foram tratadas também 25 crianças e jovens sinalizados pela CPCJ. O índice CPO das crianças e jovens da CPCJ é significativamente superior àquele das crianças institucionalizadas e as necessidades de tratamento são também bastantes superiores (em número por criança e em complexidade). Relativamente aos hábitos de higiene, é notório que quer as crianças das instituições, quer aquelas acompanhadas pela CPCJ não têm os hábitos corretos de higiene oral, lavam sem supervisão de um adulto e com os recursos desadequados, particularmente o teor em flúor da pasta e uso de fio dentário. Ao contrário do que seria expectável, o estado de saúde oral dos pacientes da CPCJ revelou?se bastante mais precário do que o das crianças institucionalizadas. Conclusões: As crianças e jovens que estão entregues às suas famílias, mas sinalizadas e acompanhadas pela CPCJ, são pacientes mais carentes de tratamentos do foro médico dentário do que aquelas entregues à guarda do Estado. Estas famílias, muitas vezes desestruturadas e multiproblemáticas, deveriam ter mais apoio no âmbito da Medicina Dentária assistencial. Este projeto, como muitos outros, reveste? se de grande importância, para que estas crianças, estas famílias e instituições tenham acesso a cuidados médico?dentários e que estes pacientes e cuidadores sejam instruídos a bons hábitos e rotinas de saúde oral.


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