Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 53
Investigação Original
#127 Hábitos relacionados com a saúde oral nos pacientes com tumores de cabeça e pescoço
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 53
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Article History
Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019
Keywords
Resumo
Objetivos: Avaliar os hábitos relacionados com a saúde oral em pacientes com patologia da cabeça e pescoço, submetidos a tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia e a importância que estes atribuem à saúde oral. Materiais e métodos: Neste estudo transversal, aplicou?se um questionário, por entrevista, a uma população adulta de 82 pacientes da Clínica de Cabeça e Pescoço do Instituto Português de Oncologia do Porto a realizar quimioterapia e/ou radioterapia. As questões incluíam o perfil sociodemográfico, estado de tratamento, hábitos de higiene oral, hábitos relacionados com a higiene oral, alterações na cavidade oral e autoperceção de saúde oral antes e depois do diagnóstico. Resultados: A média de idades dos participantes foi de 61,99 anos e a maioria era do sexo masculino. Relativamente aos hábitos de saúde oral, não se verificou um aumento significativo da frequência de escovagem. Quanto aos meios auxiliares de higiene oral, observou?se um aumento estatisticamente significativo da utilização de elixires e/ou colutórios. A escovagem das gengivas aumentou significativamente (37,8% versus 48,8%). Dos participantes, 59,8% eram ex?fumadores, 15,9% fumadores e 51,6% deixou de fumar devido à doença. A maioria consumia álcool antes da doença, tendo 75,6% dos doentes alterado esse consumo. Na autoperceção da higiene oral, observa?se um aumento estatisticamente significativo, na classificação como ´`Excelente/Boa`` após o diagnóstico. Xerostomia, disfagia e trismus foram as alterações mais sentidas. O oncologista é quem mais informa sobre saúde oral. Conclusões: O Médico Dentista deve educar para a saúde oral, enfatizando a importância da manutenção da cavidade oral durante a doença, aconselhando estratégias que diminuam os efeitos adversos dos tratamentos e melhorem a qualidade de vida.