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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 49


Investigação Original

#117 Associação entre canais radiculares não?tratados e lesões periapicais no molar maxilar





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 49
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivos: O objetivo do presente estudo seccional cruzado foi avaliar a prevalência de canais não? trabalhados em molares tratados endodonticamente e a sua associação com lesões periapicais em cada uma das raízes. Materiais e métodos: Foi conduzido um estudo multi? centro analisando dados em 8 clínicas. Uma amostra de conveniência foi recolhida analisando 1,160 volumes pré?existentes de tomografia computadorizada de feixe? cónico (CBCT) referentes a pacientes diferentes durante um período de 12 meses (Janeiro a Dezembro de 2018). 5 observadores independentes foram pré? calibrados e instruídos a realizar uma metodologia passo? a? passo similar a todos. Foram realizados testes de coerência intra e inter operador tendo como base uma amostra inicial de 10 CBCTs (com um total de 319 dentes), que foram analisados duas vezes com um período de um mês de intervalo entre observações. Os testes Cohen Kappa e ICC foram usado para aferir a coerência intra e inter operador, respectivamente. Todos os valores foram superiores a 0.61. Apesar dos aparelhos de CBCT serem de diferentes fabricantes, foi definido como parte dos critérios de inclusão do estudo que seriam apenas aceites exames de arcada completa e com tamanhos de voxel iguais ou abaixo de 200 μm. Dos 20,836 dentes analisados, 301 eram molares maxilares com três raízes independentes apresentando tratamento endodôntico e passiveis se serem incluídos no estudo. Todos os molares foram catalogados como tendo ou não canais não?tratados ou lesões periapicais. O z? test foi utilizado para comparar as proporções entre sub? grupos e o odds ratio foi calculado para determinar a associação entre canais não?tratados e lesões periapicais. Resultados: A maior percentagem de canais não? tratados foi identificada na raiz mesio?vestibular do primeiro molar superior (62.8% [56.1%? 69.5% CI 95]) com uma prevalência de 75.2% (67.6%? 82.8% CI 95%) de lesões periapicais. Seguidamente foi a raiz mesio?vestibular do segundo molar superior com uma percentagem de canais não? tratados de 49.0% (39.3%? 58.7% CI 95%) e uma proporção de lesões de 68.0% (55.1%? 80.9% CI 95%). Os molares maxilares que tinham canais não? tratados apresentavam 3.1 vezes mais possibilidades de apresentar lesão periapical que molares sem canais não? tratados. Conclusões: A associação observada entre canais não? tratados e a presença de lesões periapicais sugere que a não identificação e instrumentação de todos os canais radiculares pode interferir com o prognóstico dos tratamentos endodônticos.


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