Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 33-34
Casos Clínicos
#081 Recobrimento Radicular de RT2 – Caso clínico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 33-34
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Article History
Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019
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Resumo
Introdução: As deformidades mucogengivais consistem em alterações das características dimensionais e morfológicas normais da gengiva e mucosa alveolar e, deste modo, da sua inter? relação. A abordagem periodontal tem como objetivo não só interromper a progressão da recessão, mas também restabelecer uma condição de saúde, função e estética perdidas. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 35 anos, saudável, não fumadora com queixas de dor à escovagem no dente 3.1. Dente extruído e com alterações no posicionamento vestíbulo? lingual. Após tratamento periodontal não cirúrgico o dente manteve bolsa, com sondagem quase até ao nível do ápex. Pela extensão da recessão e apresentando um fenótipo gengival espesso optou? se pela realização de cirurgia de retalho de reposionamento lateral associado a um enxerto de tecido conjuntivo. Discussão e conclusões: Os enxertos gengivais pediculados baseiam? se na utilização do tecido gengival apical ou lateral à recessão e à sua movimentação de forma a recobrir a raiz. O recurso a esta técnica requer a presença de alguns requisitos: (1) quantidade suficiente de gengiva aderida (≥ 4 mm) apical ou lateralmente à recessão, para movimentar; (2) idealmente um fenótipo gengival espesso (≥ 1 mm de espessura) por forma a dividir o retalho pediculado em espessura parcial e, (3) uma recessão gengival relativamente estreita (≤ 4 mm da largura radicular). Atendendo à falta de gengiva queratinizada optou? se por associar um enxerto de tecido conjuntivo, garantindo um aumento da espessura gengival maior do que a alcançada com o enxerto pediculado isoladamente. Adicionalmente permite a reposição dos parâmetros estéticos (morfologia e cor) perdidos. A correta seleção dos casos é fundamental para a obtenção dos resultados pretendidos, mas também para uma melhor gestão das expectativas do clínico e, sobretudo, dos pacientes. Neste caso o enxerto pediculado foi a opção por ser mais previsível do que o gengival livre num dente vestibularizado, revelando ser uma opção terapêutica viável para o tratamento de um caso de RT2.