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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 28


Casos Clínicos

#067 Follow-up de 9 anos de displasia cemento-ossea florida – Caso clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 28
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: A displasia cemento? óssea florida é uma lesão benigna fibro?óssea encontrada nas áreas de suporte dos dentes, sem componente neoplásico. Tem um envolvimento multifocal em toda a região mandibular. É bilateral e está presente em todos os quadrantes, com um padrão periapical. Mais de 90% dos doentes são mulheres de raça negra, por volta dos 50 anos. Normalmente é assintomática, sendo maioritariamente um achado radiográfico. Quando há dor é de baixa intensidade. Radiograficamente, as lesões podem ser radiolúcidas, mistas ou radiopacas. Afeta áreas com dentes e áreas edêntulas. Descrição do caso clínico: O caso clínico refere? se a uma paciente saudável do género feminino, nacionalidade brasileira, de cor branca com 35 anos. Realizou a primeira consulta na clínica de estomatologia da universidade em 2009, após ser encaminhada por um médico dentista após realizar ortopantomografia para iniciar tratamento ortodôntico. A paciente era assintomática. O exame extra oral não demonstrou alterações. No exame intra? oral apenas alguns dentes se encontravam restaurados. Radiograficamente, visualizou? se lesões mistas radiolúcidas e radiopacas múltiplas, bilaterais, envolvendo as regiões anteriores e posteriores da mandíbula. Este quadro clínico e radiográfico era compatível com displasia cemento?óssea florida. É realizado o acompanhamento anual da paciente. No acompanhamento de 2018, nove anos após ser diagnosticada a patologia, não houve regressão da displasia e a paciente continuava assintomática. Discussão e conclusões: Dadas as características clínicas e radiográficas da lesão, o diagnóstico foi objetivo e não houve necessidade de realização de biopsia. Por serem lesões não neoplásicas não requerem tratamento. No entanto, o acompanhamento periódico das lesões e da sintomatologia deve ser mantido. Quando os sintomas surgem deve? se atuar. A maior complicação descrita na literatura é a infeção reportada como osteomielite, para a qual o médico dentista deve estar em alerta. A colocação de implantes está comprometida. O tratamento ortodôntico está contraindicado.


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