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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 28


Casos Clínicos

#066 Imatinib e melanose do palato – um efeito lateral raro





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 28
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O mesilato de imatinib, um inibidor da tirosina cinase Bcr?Abl, é o tratamento de primeira linha para a leucemia mieloide crónica positiva para o cromossoma de filadélfia. Estão relatados múltiplos efeitos adversos deste fármaco, tais como edema, diarreia, náuseas ou anemia. Os efeitos laterais dermatológicos incluem rash cutâneo e reações liquenóides. A despigmentação da pele ou das mucosas é pouco frequente e a hiperpigmentação é rara. Descrição do caso clínco: doente do género masculino, raça caucasiana, 26 anos, com diagnóstico de leucemia mieloide crónica desde março de 2015, sob terapêutica com imatinib desde então. Recorreu ao serviço de urgência de Estomatologia em julho de 2019 por hiperpigmentação do palato duro identificada há cerca de 15 dias. Negava aumento das dimensões da lesão, alterações do padrão da pigmentação, queixas álgicas, hemorragia ou aparecimento de outras lesões mucosas, cutâneas ou genitais. Negava a introdução de novos medicamentos. O estudo analítico apresentava?se sem alterações. À inspeção observou? se lesão hiperpigmentada, plana, não dolorosa, não ulcerada, com bordos regulares, a ocupar todo o palato duro, poupando a rafe palatina mediana. Discussão e conclusões: as lesões de hiperpigmentação da cavidade oral apresentam etiologias variadas. Podem representar uma variação racial fisiológica, alertar para a existência de uma patologia (doença de Addison, melanoma, sarcoma de Kaposi) ou assinalar um efeito lateral de um fármaco. Tendo em conta a história clínica, antecedentes e exame objetivo, a hipótese de diagnóstico mais provável é de melanose do palato associada ao imatinib, pelo que se optou por manter vigilância periódica da lesão em consulta externa.


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