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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 21


Casos Clínicos

#049 Persistência de sintomas pos?tratamento endodôntico –– a propósito de um caso clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 21
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O retratamento não cirúrgico é uma intervenção complexa que requer a análise detalhada das possíveis razões que levaram ao fracasso e uma execução prática sem falhas no procedimento. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, caucasiano, de 60 anos, com história de hipertensão arterial. Surgiu na clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto relatando desconforto e dor à mastigação na região do dente 25. Tinha realizado tratamento endodôntico há 6 meses. A sintomatologia que motivou o tratamento, nunca acabou por desaparecer, sendo o motivo da consulta atual. Ao exame clínico, a percussão vertical foi positiva e através da radiografia periapical foi possível identificar o dente 25 com o canal radicular obturado e uma imagem radiolúcida apical (Índice periapical de Orstavik =3), compatível uma com lesão perirradicular. Foi requisitada uma tomografia computorizada de feixe cónico, de modo a permitir uma melhor avaliação da anatomia radicular, suspeitando? se da falta de deteção de algum canal adicional. O canal radicular apresentou?se único com uma obturação inadequada, por falha na condensação do material obturador. Foi diagnosticado dente 25 com canal obturado e periodontite apical sintomática. Depois de apresentadas ao paciente as opções possíveis de tratamento, este optou pelo retratamento endodôntico não cirúrgico. Após o tratamento indicado houve regressão imediata dos sintomas e cura radiográfica dos tecidos periapicais (Índice periapical de Orstavik =1) após 6 meses. É apresentado o follow?up após 1 ano. Discussão e conclusões: O retratamento não cirúrgico apresenta elevadas taxas de sucesso, desde que sejam respeitadas as guidelines de seleção de casos e utilizados os materiais e técnicas adequados. A anatomia radicular tem um papel relevante no sucesso do tratamento endodôntico. Contudo, o exame radiográfico convencional tem limitações, pela sua natureza bidimensional, estando indicada a realização de tomografia computorizada de feixe cónico em situações de suspeita de anatomia complexa, no planeamento do retratamento endodôntico não cirúrgico. O follow? up de 6 meses, em caso de lesões perirradiculares está correlacionado com o follow? up a longo prazo.


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