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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 17


Casos Clínicos

#039 Coronectomia de um terceiro molar mandibular: follow up de 3 anos





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 17
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: A coronectomia que envolve a secção da coroa dentária e a manutenção das raízes encontra-se indicada aquando a existência de risco de lesão do nervo alveolar inferior ou fratura da mandíbula. Este procedimento encontra-se associado a uma baixa taxa de incidência de complicações como a lesão do nervo alveolar inferior (0% -9,5%) ou do nervo lingual (0%-2%), dor pós?operatória (1,1%-41,9%), edema (4,6%), infeções (1%-9,5%) e patologias pulpares (0,9%). Para além disso a migração das raízes ocorre com frequência (13,2%-91,1%), diminuindo os riscos associados a uma segunda operação se necessária. Tendo em conta estes pressupostos, no caso clínico a apresentar a coronectomia apresenta-se como um tratamento viável a realizar. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 23 anos (ASA I), surge na clínica com indicação para extração do dente 48 por razão ortodôntica. Após a observação oral e realização de radiografia periapical, verifica-se a impactação do mesmo, classe IB segundo a classificação de Pell e Gregory. Como exames complementares, foram efetuadas uma ortopantomografia e uma tomografia computorizada de feixe cónico (CBCT), confirmando a proximidade do dente 48 ao nervo alveolar inferior. Foi realizada a coronectomia do dente 48 e foram efetuados 3 controlos pós?operatórios aos 12, 24 e 36 meses. Discussão e conclusões: A extração do terceiro molar inferior é um dos procedimentos mais comuns na cirurgia oral. Aquando a proximidade do terceiro molar inferior ao nervo alveolar inferior e de modo a diminuir o risco de lesão do mesmo, a coronectomia poderá ser um procedimento alternativo à extração dentária. Esta consiste na remoção estratégica da coroa do dente e manutenção das raízes in-situ, sem tratamento endodôntico. O sucesso desta técnica depende da formação de osteocemento e osso sobre as raízes. A realização de coronectomia poderá provocar dor e infeção na primeira semana pós-operatória numa minoria dos casos. A dor tardia pós-operatória poderá ocorrer pela retenção de esmalte ou pela mobilização de alguma raíz resultante da força aplicada durante a cirurgia. Por outro lado, em cerca de 30% dos casos ocorre migração coronal das raízes, maioritariamente nos primeiros 6 meses, pelo que é necessário uma segunda intervenção cirúrgica. O caso clínico descrito não apresentou complicações imediatas ou tardias, estando assim de acordo com as caraterísticas pós-operatórias desta técnica que estão descritas na literatura.


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