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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 14-15


Casos Clínicos

#033 Adenoma pleomórfico do palato – a propósito de um caso clínico





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 14-15
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O adenoma pleomórfico é o mais frequente dos tumores de glândulas salivares. Em média, ocorre aos 45 anos e é mais frequente em homens. Afeta principalmente a glândula parótida, mas pode também atingir as glândulas salivares minor, mais frequentemente no palato. Apresenta-se como uma massa de crescimento lento e indolor, de superfície lisa e em forma de cúpula, aderente aos planos adjacentes. Histologicamente, é constituído por células ductais epiteliais e mioepiteliais, revestindo-se de uma cápsula de tecido conjuntivo, frequentemente incompleta ou infiltrada por células tumorais. O seu tratamento envolve a excisão do tumor com margens negativas. A recorrência é rara e o risco transformação maligna é de 5%, mais frequente em casos avançados. Descrição do caso clínico: Homem de 45 anos, evacuado de São Tomé e Príncipe por lesão expansiva no palato com 3 anos de evolução, sem dor ou outros sintomas. Observava-se massa volumosa na vertente direita do palato duro, ultrapassando a linha média, de consistência fibroelástica, limites aparentemente bem definidos e fixa face aos planos adjacentes. A palpação cervical foi inocente. Colocou-se a hipótese diagnóstica de tumor de glândulas salivares minor do palato e solicitou-se ortopantomografia (OPG) e tomografia computorizada (TC) maxilofacial. Sob anestesia local, fez-se biópsia da lesão com bisturi circular, que revelou adenoma pleomórfico. A OPG não revelou lesões ósseas e a TC mostrou lesão de contornos arredondados, com 4 cm de maior diâmetro, centrada na metade posterior do palato à direita, elevando o pavimento e remodelando as paredes ósseas das fossas nasais e seio maxilar direito. Realizou-se ressonância magnética, que excluiu disseminação perineural. Sob anestesia geral, procedeu-se a excisão do tumor com margens de 5 mm e encerramento com retalhos locais. A análise anatomopatológica da peça cirúrgica confirmou o diagnóstico de adenoma pleomórfico, com margens livres de lesão. Aos 9 meses de pós-operatório, o doente encontra-se assintomático e sem sinais de recidiva. Discussão e conclusões: O adenoma pleomórfico é um tumor benigno de crescimento lento que, quando tratado adequadamente, tem excelente prognóstico. Este caso, com três anos de evolução, releva a importância do diagnóstico e referenciação precoce a um Serviço de Estomatologia, dotado de clínicos experientes e capacitados para o diagnóstico e tratamento cirúrgico dos tumores da região oromaxilofacial.


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