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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 14


Casos Clínicos

#032 Hiperplasia Gengival: Excisão Cirúrgica vs Laser CO2 – a propósito de um caso





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 14
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: A hiperplasia gengival, de etiologia multifactorial, consiste num crescimento anormal dos tecidos gengivais. O seu tratamento, variável consoante a causa, deve incluir medidas profiláticas locais para minimizar os efeitos inflamatórios e/ou sistémicos mas também alguns procedimentos cirúrgicos como excisão cirúrgica convencional e laserterapia. Este trabalho pretende apresentar um caso de hiperplasia gengival num contexto de Neurofibromatose tipo 1 (NF1) com compromisso estético, em que se realizou a excisão de lesões através de dois diferentes métodos: excisão cirúrgica a frio e através de laser de CO2. Descrição do caso clínico: Doente de 17 anos, do género feminino, com antecedentes de NF1, referenciada à consulta de Estomatologia por apresentar hiperplasia gengival nodular generalizada, de consistência fibrosa, indolor e aumento das papilas fungiformes da língua, com vários anos de evolução. De forma a promover a componente estética e a melhoria no controle da saúde periodontal, realizou-se gengivectomia com bisturi, ao nível dos molares superiores do 2.º quadrante. Pela dificuldade sentida na hemostase durante o procedimento, realizou?se posteriormente, vaporização com laser pulsado de CO2 no lado contralateral. Recentemente, foi proposta para laserterapia sob anestesia geral para gengivectomia dos quatro quadrantes tendo, entretanto, recusado o procedimento por se encontrar satisfeita com os resultados obtidos. Discussão e conclusões: Apesar de infrequente, o envolvimento gengival na NF1 não pode ser desvalorizado, apresentando, para além de um desconforto local e estético, um potencial para complicações neurológicas e transformação maligna (5%). Os neurofibromas podem ser removidos por remoção cirúrgica simples e laser de CO2. Neste caso, a utilização do laser de CO2 mostrou-se mais simples, rápida e com maior conforto para a doente, principalmente pelo controlo hemorrágico durante o procedimento. A cicatrização dos tecidos também se demonstrou de melhor qualidade, contudo, mais morosa e associada a maior sensação dolorosa, contrariando os resultados descritos em alguns estudos. É igualmente importante referir que o volume de tecido excisado na região submetida ao laser foi menor, podendo limitar a escolha deste procedimento. Podemos, assim, concluir que, pelo nível de conforto do operador e do doente, o laser de CO2 pode ser recomendado na cirurgia oral para a excisão de lesões de tecidos moles em doentes selecionados.


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