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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 2


Casos Clínicos

#003 Mesiodens: Casos Clínicos





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 2
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: O mesiodens é o dente supranumerário mais comum, tem uma prevalência de 0.15 a 3.8%, é mais frequente no sexo masculino, na maxila e na dentição permanente. Os mesiodens podem aparecer como parte de um síndrome ou como acontecimento isolado. Na sua génese está a hiperactividade da lâmina dentária1. Habitualmente são mais pequenos que os incisivos adjacentes e têm forma cónica. São geralmente assintomáticos. Descrição do caso clínico: Caso 1: Menina de 10 anos, referenciada à Unidade de Estomatologia Pediátrica do Hospital D. Estefânia, em junho de 2017, por ´alterações da erupção dentária´. Dos antecedentes pessoais há a salientar existência de perturbação de hiperatividade e défice de atenção, sob terapêutica com metilfenidato. Imagiologicamente apresentava mesiodens vestibular, invertido. Em maio de 2019 e sob anestesia geral e procedeu-se a descolamento de retalho mucoperiósteo vestibular, ostectomia e extração do mesiodens. Caso 2: Rapaz de 8 anos, referenciado à Unidade de Estomatologia Pediátrica do Hospital D. Estefânia em janeiro de 2018, por “dente supranumerário” detetado em ortopantomografia, num estudo pré-tratamento ortodôntico. Antecedentes pessoais irrelevantes. Imagiologicamente apresentava mesiodens inverso, vestibular, com procidência no pavimento das fossas nasais. Em maio de 2019 e sob anestesia geral e procedeu-se a descolamento de retalho mucoperiósteo vestibular, ostectomia e extração do mesiodens. Discussão e conclusões: Os dentes supranumerários são as anomalias dentárias mais frequentes e os supranumerários localizados na linha média, denominam-se mesiodens. São geralmente assintomáticos mas, a sua presença pode constituir barreira eruptiva ou condicionar outras alterações da oclusão. Estão com frequência inclusos pelo que habitualmente o diagnóstico é imagiológico. Para além da ortopantomografia e radiografias retroalveolares a TAC maxilofacial é importante para melhor caracterização da posição do mesiodens e relação com as estruturas adjacentes. O tratamento é cirúrgico. O timing da extração tem de ter em conta dois fatores, deve ser precoce para prevenir alterações da oclusão (nomeadamente não perturbar erupções dentárias) mas, tem de ter em conta o desenvolvimento radicular dos dentes adjacentes para minimizar as repercussões da invasão cirúrgica da área. Nos casos em apreço a extração foi efetuada apenas quandos os incisivos centrais já estavam apicificados (estádios 9-10 de Nolla).


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