Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXX Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Viseu, 19 a 21 de Abril de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 74
Casos Clínicos
#SPODF-18 Corticotomias - Meios Facilitadores do Movimento Ortodôntico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 74
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Article History
Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018
Keywords
Resumo
Introdução: O tratamento ortôdontico facilitado pela cirurgia aparece em 1959 nos trabalhos de Heinrich Kole`s. Em 2001 os irmãos Wilcko descrevem um tratamento combinado entre a ortodontia e a periodontologia com a introdução de materiais de preenchimento ósseo sobre as osteotomias do osso cortical. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da técnica e das suas indicações apresentando uma opção de tratamento nos casos limite ortodôntico-cirúrgicos. Métodos: A terapia ortodôntica facilitada pela cirurgia é uma técnica ortodôntica recente, que apresenta, segundo os seus autores, diferentes abordagens clínicas no tratamento do adulto. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando as palavras chave corticotomia, ortodontia facilitada pela periodontologia e ortodontia facilitada pela cirurgia. Resultados: Existem variações da técnica de osteotomias utilizando cortes verticais, horizontais, piezoincisões ou perfurações da mucosa e utilizando diferentes tipos de materiais de preenchimento. A pré-existência de recessões gengivais no paciente adulto podem complicar o tratamento ortodôntico. Diversos autores preconizam uma correcção dos defeitos periodontais simultânea com as corticotomias facilitadoras do movimento ortodôntico. Na ortodontia combinada com cirurgia periodontal é feito um retalho com espessura total, incisões na tábua óssea externa por vestibular e/ou lingual dos sectores dentários a movimentar e enxertos ósseos na direcção do movimento ortodôntico. Pode ser uma alternativa nos casos limites ortodôntico-cirúrgicos. É uma opção a considerar nos casos de displasia transversal do maxilar e/ou apinhamento dentário severo. Conclusões: Segundo as revisões sistemáticas avaliadas esta técnica é segura para os tecidos orais e reduz o tempo de tratamento. Segundo várias publicações apresenta vantagens como uma expansão dento-alveolar mais segura, a possibilidade de um maior movimento dentário, uma menor patologia periodontal, uma menor reabsorção radicular, menor perda de suporte alveolar e uma maior estabilidade do tratamento. Implicações clínicas: Pretende-se com esta técnica aumentar os limites do tratamento ortodôntico. Para isso é fundamental realizar uma selecção adequada dos pacientes, definir os objetivos do tratamento, realizar um planeamento correcto e uma avaliação da quantidade de movimento dentário pretendido.