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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXX Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Viseu, 19 a 21 de Abril de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 71-72


Casos Clínicos

#SPODF-12 Mini-placas para ancoragem esquelética temporária: Colocação cirúrgica





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 71-72
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: Os sistemas de ancoragem esquelética temporária, tais como as mini-placas, permitem a obtenção de ancoragem máxima. As mini-placas apresentam a vantagem dos seus parafusos de fixação serem colocados apicalmente às raízes dos dentes, não interferindo com o movimento dentário (De Clerck, 2002; Umemori, 1999). Objetivos: A partir do um caso clínico, descreve-se a técnica cirúrgica da colocação das mini-placas utilizadas para ancoragem esquelética temporária. Caso clínico: Paciente PM, com 31 anos de idade, do género feminino, apresenta no exame intra-oral extrusão de pré-molares e molares superiores, causada pela ausência precoce das peças dentárias 45, 46, 47, 35, 36, 37. O plano de tratamento ortodôntico tem como objetivo a intrusão de pré-molares e molares do maxilar superior e distalização dos dentes 26 e 27 para posterior colocação de implante, recorreu-se à utilização de mini-placas. Para a cirurgia de colocação das mini-placas a paciente foi medicada, 1 dia antes, com amoxicilina 500 mg (intuito profilático). No dia da cirurgia, uma hora antes, a paciente foi sedada via oral (midazolan 15 mg). Foi realizado o bloqueio anestésico do nervo alveolar superior posterior, infra orbitaria e palatino, trinta minutos antes da cirurgia. Todo o procedimento cirúrgico foi realizado segundo os conceitos de microcirurgia. Foram colocadas duas mini-placas, uma no primeiro quadrante e outra no segundo quadrante na região da crista zigomática. Realizou-se a colocação de uma mini-placa em T, com 1mm de espessura. O acesso cirúrgico obteve-se através de uma incisão linear guiada pelo posicionamento final definido para a mini-placa. Foi realizado um descolamento muco-periosseo e assim exposto o osso maxilar. Cada placa foi fixada com recurso a três parafusos “self-drilling”, 2mm diâmetro e 5mm de comprimento. Utilizou-se sutura de polipropileno 6-0, com pontos “mattress” modificados junto à mini-placa e “double slings” nas extremidades. A paciente foi medicada com amoxicilina 500mg e Iboprufeno 600 mg, durante 3 dias. E instruído para fazer bochechos com clorohexidina 0,12% durante o mesmo período. As suturas foram removidas aos 7 dias, a síntese de tecidos apresentava-se perfeita e sem qualquer sinal de inflamação. Conclusão: A cirurgia de colocação de mini-placas com uma abordagem microcirúrgica constitui um método pouco invasivo e com um pós-operatório “minor”.


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