Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXX Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Viseu, 19 a 21 de Abril de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 68
Casos Clínicos
#SPODF-02 Análise de Contraparte Revisitada a Propósito de um Caso Clínico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 68
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Article History
Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018
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Resumo
Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino com 14 anos, hipodivergente com biprotusão óssea, profundidade facial e maxilar muito aumentadas, Classe I esquelética e altura facial inferior diminuída. Do ponto de vista dentário apresenta uma classe II, com pró-inclinação dos incisivos superiores e inferiores, overbite aumentado e overjet muito acentuado. Discussão: A maioria das análises cefalométricas utilizam medidas padrão para todos os indivíduos. A análise de contraparte consiste numa análise individualizada, baseada no próprio paciente comparando estruturas específicas. A dimensão de determinada parte tem a sua contraparte específica correspondente. A avaliação do equilíbrio entre estas estruturas permite identificar os factores anatómicos e morfogenéticos que originam compensações num determinado indivíduo. Pela análise deste paciente verificou-se que o desenvolvimento craniofacial que levou à biprotusão óssea foi a projecção anterior da nasomaxila compensada pelo desenvolvimento do corpo da mandíbula, bem como pela rotação anti-horária do ramo. Estas compensações permitiram manter uma relação de classe I esquelética, apesar da relação dentária de classe II. A realização do tratamento neste paciente teve em consideração as condicionantes esqueléticas estudadas. Conclusão: A análise de contraparte expõe os desequilíbrios existentes e as compensações do crescimento craniofacial, permitindo uma melhor compreensão da origem das más oclusões.