Resumo

Objetivos: O objetivo da presente revisão narrativa é analisar as revisões publicadas sobre reabsorção cervical invasiva e comparar a etiologia, fatores predisponentes e tratamento da mesma segundo os diferentes autores. Métodos: Foi realizada uma pesquisa na base de dados Pubmed/ Medline com as palavras-chave “invasive cervical resorption”, tendo sido considerados apenas artigos de revisão, publicados entre 2004 e 2017. Resultados: Foram encontradas 14 revisões narrativas e após a sua análise apenas 4 foram incluídas. A etiologia da reabsorção cervical invasiva continua a ser desconhecida. Para alguns autores o processo de reabsorção é estimulado por microrganismos do sulco gengival, polpa ou, ainda, túbulos dentinários, em casos de polpa necrótica. Outros descreveram o processo como sendo assético podendo ser secundariamente invadido por microrganismos. De acordo com diversos autores, os fatores predisponentes para a reabsorção cervical invasiva são o branqueamento interno, trauma dentário, movimento ortodôntico, cirurgia ortognática e dentoalveolar e tratamento periodontal. Relativamente ao tratamento deste tipo de reabsorção pode ser cirúrgico, sendo realizado retalho, curetagem do tecido da reabsorção e restauração do defeito com amálgama, resina composta ou ionómero de vidro. O tratamento não cirúrgico consiste na aplicação de solução aquosa de ácido tricloroacético a 10% no tecido de reabsorção, curetagem, tratamento endodôntico quando necessário e restauração com ionómero de vidro. Conclusões: De acordo com as revisões analisadas infere?se que os autores discordam relativamente à etiologia e fatores predisponente da reabsorção cervical invasiva. Alguns autores recomendam o tratamento não cirúrgico enquanto outros incidem sobre o cirúrgico.