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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 59-60


Casos Clínicos

#148 Técnica de impressão digital vs. convencional: comparação em desdentados totais





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 59-60
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Objetivos: Em prótese total removível, a impressão convencional com materiais de impressão permite obter modelos de gesso com uma reprodução ótima dos tecidos orais. O aparecimento recente de scanners intraorais na prática clínica e do método de impressão digital fez com que a impressão física dos tecidos pudesse ser eliminada. Este novo método possibilita um fluxo digital dos procedimentos protéticos com a obtenção de modelos digitais 3D do rebordo desdentado. No entanto, o número limitado de publicações e o facto de ser uma tecnologia recente é génese de controvérsia em prótese removível. Assim, este estudo piloto objetiva a comparação dos dois métodos de impressão no paciente desdentado total. Materiais e métodos: Com uma amostra de cinco pacientes (n=5), iniciou-se o protocolo experimental com impressões digitais de ambas as arcadas utilizando o scanner intraoral Cerec® Omnicam (Dentsply Sirona, York, EUA), seguindo-se a impressão convencional com um elastómero e uma técnica mucofuncional. No caso da última, os modelos de gesso resultantes foram depois digitalizados por um scanner laboratorial D900L (3Shape, Copenhaga, Dinamarca). Posteriormente, os modelos 3D (em ficheiros stl) resultantes de ambas as técnicas foram sobrepostos e analisados tridimensionalmente com o software Geomagic® ControlTM (3D Systems, Rock Hill, EUA), obtendo os valores de desvio médio. Resultados: A análise dos resultados obtidos do estudo piloto demonstrou que o desvio médio na maxila atingiu valores de ?0,2732mm a 0,146mm, e na mandíbula de ?0,5426mm a 0,3428mm. Na diferenciação das várias áreas de suporte protético, observou-se que, na maxila, as áreas de suporte secundário atingiram valores maioritariamente positivos contrariamente às de suporte primário. A nível mandibular os resultados não foram conclusivos para as diferentes áreas. Conclusões: Dentro das limitações deste estudo, os resultados sugerem que a performance do scanner intraoral e os valores de desvio médio (comparação digital/convencional) estão dependentes da reabsorção óssea do paciente e das características histológicas e anatómicas das diferentes localizações. Acresce a estas limitações a abordagem mucoestática da impressão digital, sendo notório o desvio em zonas sujeitas a compressão e a escassez de informação em regiões de difícil acesso do scanner. Por estes motivos, esta metodologia digital de impressão é ainda limitada na prática clínica de prótese total removível.


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