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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 56


Casos Clínicos

#140 A avaliação do tratamento ortodôntico em pacientes em crescimento – resultados finais





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 56
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Objetivos: Teoricamente, a apreciação dos resultados de um tratamento ortodôntico poderia ser efetuada através de uma avaliação quantitativa comparativa das medidas cefalométricas, iniciais e finais. Contudo, em pacientes em crescimento, estes estudos são questionáveis porque inviabilizam a identificação da localização anatómica das alterações. Assim, as sobreposições cefalométricas estruturais surgem como o método mais fidedigno no estudo das modificações em questão. Pretendeu-se perceber se, em pacientes em crescimento, a avaliação dos resultados do tratamento ortodôntico pela comunidade ortodôntica é realizada exclusivamente através das sobreposições cefalométricas. Materiais e métodos: Na amostra inseriram-se os 162 case reports, do American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, publicados entre 2012 e 2016, inclusive, bem como no primeiro semestre de 2017 (volume 151). Os dados foram analisados através do programa IBM® SPSS® Statistics, versão 24. No estudo analítico da relação entre as duas variáveis qualitativas usou-se o teste de independência do Qui-quadrado. Considerou-se como nível de significância estatística um p=0,05. Resultados: A avaliação dos resultados finais foi feita, conjuntamente, através das sobreposições cefalométricas e da comparação quantitativa de medidas cefalométricas em 59,3% dos artigos consultados. Já em 34% e 1,9% da amostra, utilizou-se de uma forma isolada as sobreposições e a comparação quantitativa de medidas, respetivamente. Nos 8 casos restantes, não se procedeu nem à sobreposição de traçados nem à comparação quantitativa. Em 66,7% dos casos em que se procedeu, apenas, a uma avaliação comparativa quantitativa de medidas cefalométricas, havia crescimento. Nos casos em que se realizou a sobreposição dos traçados cefalométricos e uma análise de medidas, 29,2% referiam-se a pacientes em fase de crescimento. Verificou-se que não existia uma associação estatisticamente significativa entre o crescimento e o método de avaliação dos resultados do tratamento ortodôntico. Conclusões: Os resultados permitem-nos concluir que, em pacientes em crescimento, a avaliação do tratamento ortodôntico não está a fazer-se exclusivamente através das sobreposições cefalométricas.


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