Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 52
Casos Clínicos
#129 Efeito de bebidas desportivas e branqueamento dentário na microdureza do esmalte
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 52
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Article History
Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018
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Resumo
Objetivos: Avaliar in vitro o efeito de quatro bebidas desportivas e da sua conjugação com branqueamento dentário na microdureza do esmalte dentário. Materiais e métodos: A partir de 25 dentes humanos foram obtidos 50 espécimes com superfície em esmalte. Os espécimes foram distribuídos aleatoriamente por 10 grupos experimentais (n=5) de acordo com as várias combinações possíveis entre bebida desportiva (controlo sem bebida; Isostar; Isocarb; 100% Whey Protein; Ultra Recovery) e o branqueamento dentário (controlo sem branqueamento; branqueamento com peróxido de carbamida 16%). Os espécimes de cada grupo foram sujeitos a 14 ciclos de imersão na respetiva bebida durante 60 minutos (1 ciclo por dia) intercalados com imersão em saliva. A aplicação do agente branqueador foi realizada após cada um dos ciclos de imersão, durante 4 horas. Os testes de microdureza Vickers (HV) foram realizados com um microdurometro (100gF; 10 segundos) em 3 momentos (medição inicial antes dos ciclos de exposição à bebida/branqueamento (T0); imediatamente após o término dos 14 ciclos de imersão (T1); e 24 horas após o término dos 14 ciclos de imersão (T2)). Os dados de HV foram analisados estatisticamente, testes não paramétricos de Friedman, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis (alfa=0,05). Resultados: Os valores de HV sofreram uma diminuição estatisticamente significativa de T0 para T1 (p<0,001), mantendo-se sem alterações significativas de T1 para T2 (p=0,001). A HV foi influenciada de forma estatisticamente significativa (p<0,001) pela imersão em bebida desportiva, tanto em T0 como em T1. A imersão as bebidas isotónicas, Isostar e Isocarb, conduziu a uma diminuição (p<0,05) de HV, relativamente ao grupo de controlo. Os resultados obtidos após imersão nos suplementos proteicos, 100% Whey Protein e Ultra Recovery, foram estatisticamente (p>0,05) semelhantes aos obtidos no grupo controlo. A exposição ao peróxido de carbamida 16% não influenciou os valores de HV, nem em T1 (p=0,635) em em T2 (p=0,915). Conclusões: A exposição às bebidas isotónicas teve um impacto negativo na microdureza do esmalte. No entanto, a microdureza do esmalte não foi afetada pela exposição aos suplementos proteicos. O branqueamento dentário não teve impacto na microdureza do esmalte.