Resumo

Objetivos: Avaliar a influência da incorporação de clorexidina na resistência à flexão de três resinas acrílicas de rebasamento após estas serem submetidas a envelhecimento térmico. Materiais e métodos: Diferentes concentrações de Diacetato de Clorexidina Monohidratado foram incorporadas em três resinas acrílicas de rebasamento (Kooliner; Ufi Gel Hard; Probase Cold) constituindo-se quinze grupos experimentais, compostos por oito espécimes (n=8). Para a resina Kooliner foram formados quatro grupos (1%, 2,5%, 5% e 7,5%), para a resina Ufi Gel Hard cinco grupos (1%, 2,5%, 5%, 7,5% e 10%) e para a resina Probase Cold três grupos (1%, 2,5% e 5%). Todas as resinas apresentaram um grupo controlo (0%). Todos os espécimes, de dimensões padronizadas (64x10x3,3mm), foram submetidos a envelhecimento térmico através de um procedimento de termociclagem de 1000 ciclos, onde cada ciclo consistia na imersão dos espécimes em dois banhos termostatizados, um a 5.ºC e outro a 55.ºC, durante 20 segundos. De seguida, foi testada a resistência à flexão com recurso a máquina de testes universal (Instron Model 4502; velocidade 5 mm/minuto). Os dados obtidos foram submetidos a testes não-paramétricos de acordo com o método de Kruskal?Wallis, seguindo-se comparações múltiplas de Mann-Whitney, com correções de Bonferroni (α=0,05). Resultados: Para as resinas Kooliner e Ufi Gel Hard não foram obtidas diferenças estatisticamente significativas nos valores de resistência à flexão entre grupos com diferentes concentrações de clorexidina (p>0,05). No entanto, para a resina Probase Cold, o grupo 5% apresentou um valor de resistência à flexão inferior ao grupo controlo (p= 0,033). Conclusões: As concentrações de clorexidina iguais a 1%, 2,5%, 5% e 7,5% para a resina Kooliner, de 1%, 2,5%, 5%, 7,5% e 10% para a resina Ufi Gel Hard e de 1% e 2,5% para a resina Probase Cold não afetaram a resistência à flexão das resinas de rebasamento avaliadas, após estas serem sujeitas a envelhecimento térmico equivalente a um mês na cavidade oral.